Colhendo o que plantou

Trabalho é chato! Isso é fato. A grande maioria da população mundial concorda com isso. Por mais que você ame o seu trabalho, você ainda prefere o final de semana. Não se sinta culpado, isso é normal, o trabalho exige esforços intelectuais e físicos que cansam e muitas vezes desanimam. Por isso existem vários estudos e estranhos empreendimentos sobre motivação no trabalho.

Motivação, esse tema por si só daria uma série de posts, mas hoje, vou falar apenas de um tipo de motivação, aquele que deveria aos meus olhos ser mais que suficiente para entusiasmar e envolver com o trabalho, mas não o é principalmente por um detalhezinho, só aparece aos nossos olhos ao final de todo o processo. Estou falando da colheita dos resultados.

Nesse ponto, o planejamento não é a profissão dos sonhos. Quando falamos de planejamento de campanha, sabemos que apesar de pesquisarmos a fundo, nos envolvermos com a demanda, ler tudo sobre o assunto, extrair dos dados tudo aquilo que é realmente interessante, fazermos descobertas incríveis, nos decepcionarmos, enfim, apesar de trabalharmos tanto e por vários dias naquilo, é o trabalho do criativo que vai pra rua. Ninguém se interessa por aquele monte de letrinhas que você compôs, todas as suas conclusões, os caminhos que você percorreu, enfim, tudo aquilo não interessa, o que interessa mesmo, aquilo que o público vai ver e achar bom ou ruim é o trabalho do criativo.

Falando de planejamento de comunicação, principalmente quando o trabalho é feito por uma empresa de consultoria, é mais cruel ainda, pois o trabalho costuma levar bem mais tempo, as pesquisas são ainda mais profundas e numerosas, os esforços são maiores, os percursos mais complexos, as chances de erros maiores e ainda por cima pode acontecer de ao final de todo o trabalho o plano não ser executado da maneira pensada. Pois é, ossos do ofício.

Por isso e por alguns outros motivos, nós temos tanta dificuldade em cumprir a última etapa do processo de planejamento que é acompanhar a execução do plano e avaliar os resultados.

Mas não se desanimem, prezados colegas, há sempre uma luz no fim do túnel. Existem outras maneiras de se perceber o resultado do trabalho do planejamento. Nós sempre saberemos que aquela sacada genial do diretor de arte veio na verdade de uma conclusão nossa, ou que o cliente mudou seu posicionamento por causa daquela pesquisa que a gente fez e que aquela peça super complicada só foi aprovada porque ta tudo muito bem fundamentada no nosso trabalho. Além disso, não é sempre que os planos de comunicação são adulterados. Quando os bons planos são seguidos é maravilho ver os resultados. Dá força pra gente continuar com nossas noites mal dormidas, prazos absurdos, problemas e percursos imprevistos, enfim, com tudo aquilo que envolve essa função complicada que a gente escolheu exercer.

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