Post de Opinião

Se você quer evitar 10 erros que podem ser fatais em uma campanha publicitária, vale a pena visitar este link, de um blog que um colega do Planejamento nos indicou para nossa discussão semanal. Muito válido.

Mas como estamos em um país democrático, graças a Deus eu posso manifestar minhas discordâncias. O texto está ótimo, mas se a imagem foi usada para servir de mau exemplo, considero um mau exemplo infeliz. Explico.

Primeiro a Imagem:

Campanha da Coca-Cola para a festa de Parintins de 2005.

Mau exemplo? Achei essa peça simplesmente sensacional. Entrou para o hall das favoritas. Principalmente por tudo o que ela tem de ousada. Só uma marca com a força e com o auto-conhecimento da Coca Cola poderia usar as cores de sua principal concorrente com a seguinte certeza: quem bate o olho sabe que é a Coca, e não a Pepsi, a dona do anúncio.

É o clássico matar dois coelhos com uma cajadada só, porque além de dar o recado para o público (que aqui eu acho que está bem delineado: foliões de Parintins, um evento que, na região, se vendo sozinho) dá um recado para a concorrente: A silhueta do meu produto consegue suprimir as cores do seu!

Bom ou Mau? Pitacos nos comentários são sempre bem vindos!

Gosto se discute: reflexões para um bom planejamento

Você certamente já ouviu comentários a respeito de algo que as pessoas não têm afinidade, em geral acompanhado do clichê “eu odeio”. Essa mania de desqualificar aquilo que está fora do nosso ciclo de interesse é muito comum, porém essa atitude pode ser prejudicial para o profissional de comunicação, que pode lidar com os mais variados públicos. O fato de alguém não gostar de música clássica não significa necessariamente que a qualidade dela seja ruim. Então, a melhor maneira de agir diante disso é se colocar no lugar do outro buscando entender as razões que o levam a se interessar por algo. Portanto, a compreensão dos fatores que constituem hábitos e comportamentos contribui decisivamente para a criação de um planejamento mais próximo de gerar resultados eficientes e fiéis à experiência do público alvo.

"Meu filho é planejador! Planejamento o que?"

Hoje o Núcleo de Planejamento da CRIA visitou a TOM Comunicação, uma agência belorizontina de referência em Planejamento. Nessa visita fomos recebidos pela Caroline Marinheiro que conversou com a gente basicamente sobre planejamento. Uma das primeiras coisas que vimos nessa visita foi a idéia da Caroline do que seria planejamento.

Todos os profissionais da área já devem ter ouvido aquela perguntinha tradicional... "Com o que você trabalha?" Normalmente depois da resposta ou a pessoa simplesmente fala "Ah! Tá! Legal", fingindo que sabe do que ta falando, ou começa a perguntar o que é planejamento, ou compreende alguma coisa que pode não ser realmente o nosso trabalho.

Pensando nisso, eu quis investigar o que as pessoas mais próximas de mim, aquelas que me escutam falando no assunto diariamente e acompanham minha rotina louca de aulas e trabalho, acham que é planejamento. Pedi a meu irmão, minha mãe e meu pai para responder a perguntinha difícil... "O que é planejamento?"

O resultado foi interessante. Nenhum dos três, mesmo sabendo que eu estudo comunicação e dentro dessa tenho mais interesse na publicidade relacionou diretamente o planejamento com a publicidade, o que me faz pensar que provavelmente eles nunca tentaram entender o que exatamente eu estou indo fazer quando digo "Mãããããããe! Tô indo pra CRIA!! Tchaaaauu!!" Mas os três tem um conceito mais ou menos correto, porém raso do que é planejamento.
Aqui redijo (vulgo dou ctrl+v) as respostas de cada um deles.

"Planejamento, num primeiro momento, antever onde quero chegar, o porquê de querer chegar e como quero chegar.
Assim, possuindo tal ângulo de visão, ou seja, antevendo meu objetivo, buscarei o caminho a percorrer, utilizando da ferramenta mais adequada, para que o resultado seja alcançado da forma mais célere e mais prática possível, possibilitando que no final do percurso eu diga: - BRILHANTE!
" (MACIEL, Ester - a mãe)

"Planejamento é discutir, filosofar, reunir e entender do problema para poder criar uma série de passos para um objetivo. No planejamento não somente organiza-se uma equipe caso esteja em grupo mas também antever acontecimentos futuros para evitar transtornos e problemas que possam acontecer até a conclusão de um objetivo." (MACIEL, Daniel - o irmão)

"É a organização prévia de idéias, com o intuito de atingir um determinado objetivo." (MACIEL, José Ricardo - o pai)

Fazer essa pergunta a quem mais deveria interessar estar por dentro do que eu faço da minha vida foi um exercício muito interessante e revelador. Inevitável vai ser lembrar disso e observar a reação dos três toda vez que eu for contar as coisas interessantes que eu tenho vivido dentro do Núcleo de Planejamento da CRIA. Recomendo a todo mundo fazer essa pergunta dentro de suas casas.

Obtendo resultados com planejamento e criatividade

A necessidade de fazer publicidade e propaganda de um produto surgiu com a revolução industrial, quando se tornou indispensável comunicar a um grande público o que era o produto, como utilizá-lo, suas vantagens, etc. Com o tempo, as mercadorias passaram a fazer parte da vida das pessoas e não era mais precisso explicar, por exemplo, o que é leite em pó, como prepará-lo e que vantagens ele apresenta. O foco da publicidade passou a ser comunicação de valores. E isso é muito importante em uma sociedade onde a concorrência é tão grande.
O tempo todo as pessoas são bombardeadas com informações de todos os tipos. Por isso, elas acabam desenvolvendo uma capacidade seletiva, só absorvem ou prestam atenção no que lhes parece difente e merecedor de tal atenção.
Sendo assim, é dever dos planejadores estarem sempre buscando diferenciais com muita criatividade e inovação para destacar o produto de seu cliente. Um exemplo muito bom de como isso pode ser feito é um viral criado pela Adidas, que patrocina o Palmeiras.
O VT mostra a cena de um vestiários pós-treino onde os jogadores ficam sabendo que as camisas que eles iriam usar em um jogo importante no dia seguinte sumiram. Mas eles não se desesperam, pois o jogador Pierre tem uma solução! Ele diz para os colegas que se for possível joga até sem camisa e exibe o distintivo do Palmeiras tatuado no peito. Os jogadores se empolgam e, também, tatuam o distintivo do clube no peito. Para finalizar, convocam todos os torcedores para ajudar a desvendar o mistério através do site www.minhasegundapele.com.br .
A ação começou dia 25 de maio e vai até 04 de junho. Os torcedores que desvendarem o mistério serão premiados com bonés, gorros e outros produtos da marca Palmeiras.
É importante observar que a proposta é gerar uma experiência entre o torcedor e a marca. O foco em momento algum é no produto, mas em valores... a camisa não importa, o que importa é o distintivo do time, que, na falta da camisa, estará tatuado no peito.
Esse exemplo demonstra como criatividade aliada a uma comunicação muito bem planejada e dirigida para um público selecionado estratégicamente podem ser interessantes para agregar valor e dar visibilidade para uma marca.

Uma revolução Silenciosa

“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21, mais do que a Revolução Industrial foi para o século 20” (Timmons, 1990)
Assim como o Movimento de Relações Humanas (1930-40) teve sua primeira predominação focada nos processos e o Movimento dos Sistemas Abertos (1950-60-70) no planejamento estratégico, o empreendedorismo está em contínua evolução, caminhando para se tornar um movimento muito forte em nossa sociedade. Por isso, devemos estar cada dia mais preparados para futuras mudanças, especialmente em nossas atitudes profissionais.
Atualmente, no Brasil, já começou a ser incentivado o empreendedorismo, mas não devemos depender ou esperar até que os outros tomem alguma atitude. Devemos buscar a pró-atividade e a iniciativa como formas de ação e de transformação.
Todos os jovens, principalmente os Futuros Planejadores, devem estar conscientes que através do empreendedorismo e visão conseguirão chegar muito alto e cumprir todas suas metas.
Um bom empreendedor é aquela pessoa que cria novas possibilidades, que experimenta novas coisas e que sabe ter uma visão futura da organização. É dessa forma que nós, CRIAtivos que somos, daremos um passo a mais em nossa vida profissional e pessoal.

Estereótipo de um planejador

Vocês já perceberam o quanto nós planejamos sem se dar conta disso?
Acho que no nosso caso, como "planejadores", isso é ainda mais intenso. Tudo bem, falando assim, posso até estar entrando no senso comum, que nos julga como profissionais mais organizados, metódicos e que portanto planejamos cada movimento que fazemos. Nós sabemos que na prática a coisa não é bem assim, e que muitos planejadores não sabem organizar nem o próprio tempo. Como bem disse o nosso amigo Rolf em um texto recente aqui no blog: "Casa de ferreiro, espeto de pau."

Mas isso não vem ao caso agora. O que importa, é que mesmo que alguns planejadores não sejam nada metódicos, eu assumo: Sou bem o tipo de pessoa que a maioria de pessoa pensa ao tentar definir esse estereótipo, salvo alguma exceções. E não estou sendo exagerado, ou mesmo convencido de afirmar isso não. Foi por perceber o tanto que eu planejo até mesmo sem pensar, que vi como isso é forte no meu dia-a-dia.

Logo ao acordar, uma das primeiras coisas que eu faço é ativar a função soneca do despertador. Não adianta, eu não consigo levantar logo que o danado começa a tocar e berrar. Vocês são obrigados a concordar que é uma das piores coisas do dia: escutar um objeto retardado falando que você tem que se levantar, logo na hora que você está tendo um sonho ótimo, ou mesmo naquela soneca gostosa, ou ainda pensa que acabou de dormir. Não dá: eu falo para ele se calar e esperar mais um pouquinho para que eu me acostume com a ideia de que não vou poder mais ficar ali no melhor lugar do mundo. Acontece que no meu caso, eu mando ele se calar no mínimo umas três vezes para realmente ver que não tem jeito e colocar essa ideia na cabeça. Considerando que cada vez que eu ativo o soneca, o despertador demora uns 5 minutos para tocar de novo, eu já coloco ele preparado para tocar às 6 e meia, porque aí eu levanto até umas 6 e 45.

Tá vendo só? Planejei. Tá, foi uma coisa idiota, mas que com certeza influencia muito no resto do meu dia e que foi previamente calculado pensando nessas consequencias. Imagine se eu não tivesse pensado nisso num dia que tenho uma prova logo no primeiro horário da faculdade. Eu ia chegar atrasado na prova, já estressado por esse motivo, ia fazer uma prova horrível, ia ficar com raiva o resto do dia, ou quem sabe o resto do mês, dependendo da nota da prova. Ok, eu sei que eu nem me preocupo tanto assim com uma prova, mas foi só para exemplificar o tipo de consequencia que a falta de um planejamento pequeno pode ter.

Continuando os meus planejamentos inconscientes diários: planejo colocar uma roupa para ir para a faculdade, que de preferência não tenha usado recentemente, que esteja limpa, etc. Planejo tomar um café da manhã, pois sei que do contrário poderei ficar com fome mais tarde. Planejo escovar os dentes, para ficar com um hálito agradável, ter os dentes brancos e evitar as cáries (exemplo proposital para fazer marketing para o Colgate Tripla ação). Planejo sair de casa com uma antecedência para chegar à faculdade, tendo em vista o tempo que gasto para chegar e levando em conta até os possíveis atrasos (que no meu caso não são fáceis de acontecer, considerando que moro em frente a faculdade). Planejo também onde e a que horas irei almoçar (um dos planejamentos mais importantes do dia, segundo eu e Douglas Adams - autor do Guia do Mochileiro das Galáxias). Planejo onde guardar as coisas, para depois achá-las com mais facilidade. E planejo muitas ações que faço durante o dia, levando em conta os horários que tenho algum compromisso marcado e vários outros fatores, que vão desde questões pessoais até a questões financeiras.

Não vale a pena ficar citando tudo que planejo durante o dia, mesmo porque é impossível perceber tudo, inúmeros são esses planejamentos. Esse texto mesmo foi todo planejado anteriormente, desde quando eu sabia que teria que escrever alguma coisa para postar no blog nessa terça-feira.

Acho que muitos de vocês devem ter percebido que também planejam muita coisa todos os dias e que nem por isso precisam trabalhar com Planejamento. O que eu queria deixar claro, é que todo mundo planeja e se organiza, mesmo que mal, mas se organiza. E sendo planejador, criador, ou mesmo um professor (profissão qualquer escolhida por simples motivo de rima) você pode se planejar melhor!

E finalmente, eu planejei que esse texto tem que acabar aqui, pois já é tarde e eu tenho que dormir. Como último planejamento do dia, programarei o maldito despertador para me acordar amanhã.
P.S - às 6 e meia, pois sem a função soneca não dá.

Com quantos softwares se faz um publicitário?

Que todo publicitário (especialmente criadores) tem um quê de designer e tipógrafo todo mundo sabe. Aliás um quê mais que necessário, afinal a escolha da fonte, das cores, da diagramação influenciam diretamente na mensagem.
O que não pode acontecer é reduzir a publicidade a mera operação de softwares. Até porque, em um mercado incipente como o nosso (mineiro), temos que convencer o cliente que é melhor investir em comunicação à paga um doce para o sobrinho fazer um cartaz no Photoshop. E realmente é muito melhor. A comunicação traz resultados muito mais satisfatórios e um retorno incrivelmente melhor.
Nós na CRIA que o digamos. Sabemos que um briefing bem feito, desvendando nuances do cliente que nem o próprio conhecia, um planejamento detalhado e uma criação criativa a partir do briefing e do planejamento, além de pautado em muita teoria - deixando de lado a mera intuição - fazem a verdadeira publicidade. Photoshop, Corel, In Desing, Ilustrator são só ferramentas da comunicação que só terão valor se usadas conforme muita pesquisa e teoria.

Criança, a alma do negócio!

Não me lembro bem da fonte, mas uma vez eu vi um homem falando que a maior frustração da vida dele é não ter comido, nunca, o peito do frango. Isso porque, quando ele era criança, a infância era a fase da vida pautada pela obediência e pesa resignação. O mundo era dos adultos e era ao patriarca das famílias que a parte mais nobre do assado era destinada. Isso mudou.

Hoje, os pais levam a vida de acordo com o interesse dos filhos. Fazem sacrifícios econômicos para que eles freqüentem as melhores escolas, para que tenham um plano de saúde abrangente... A geração que cresceu à beira da mesa sonhando com o peito do frango acabou cedendo-o, gentilmente, à suas proles. Proles essas que estão cada vez menores, até por essa necessidade recém adquirida de que as crianças tenha sempre tudo.

O que este texto está fazendo aqui? As crianças não tem poder aquisitivo próprio. Não ganham seu próprio dinheiro. Não têm nem autonomia para ir às compras e não alança nem as gôndolas mais altas do supermercado. Mas isso não importa: aquilo que as interessar possa estarão muito bem alocadas, obrigada, na altura que as ávidas mãozinhas possam pegar e... Levar para casa!

Não vou falar mais. Vou deixar como dica este documentário: Criança, a alma do negócio, nas janelinhas abaixo. Vale muito a pena assistir. Mas, caso você não queira, proponho que você desligue o computador pensando em três coisas:
1. Público é só quem compra com o próprio dinheiro?
2. A difusão boca-a-boca de uma marca é uma vantagem?
3. Qual o poder de influência de uma criança em relação a uma marca? Convencer um baixinho é tão simples assim?

Divirta-se!











Prepare-se para um novo cliente

Soube de um caso muito interessante do líder espiritual e pacifista Mahatma Gandhi, e acredito que será muito útil para exemplificar uma idéia acerca do planejamento. Gandhi era procurado por uma multidão de pessoas que queriam ouvir seus conselhos com a esperança de que ele pudesse ajudá-los. Certo dia, uma mãe levou o filho para ouvir as palavras de Mahatma, na esperança de que o menino pudesse diminuir o consumo de sal que não lhe fazia muito bem, pois ela já havia tentado convencê-lo, sem êxito. Após explicar o pedido a Gandhi, a mãe teve como resposta do líder indiano o pedido de que ela voltasse com o filho no período de 15 dias. Na segunda visita, o garoto foi aconselhado a reduzir a quantidade de sal, pois estava prejudicando a saúde. Surpresa, a mãe perguntou a Gandhi porque ele pediu esse tempo para falar algo tão simples, e o sábio líder respondeu que antes de aconselhar o menino, ele próprio precisava diminuir a quantidade de sal que consumia.

Esse exemplo me fez pensar na importância de conhecer e vivenciar aquilo que se faz, e como nós estamos planejando a todo o momento, sugiro que possamos aplicar as técnicas de planejamento no cotidiano, uma espécie de planejamento pessoal. A partir da experiência de se transformar em nosso próprio cliente, poderemos compreender melhor a arte de planejar, e assim se colocar no lugar do outro será uma coisa mais útil e sincera, o que pode gerar resultados mais sólidos na profissão e na vida, quem sabe você não está precisando de um novo posicionamento?

Visual

Saindo do clima "aprendizagem na área" do meu último post, hoje vou falar de agências de comunicação e seus visuais.
Tem sempre aquela história, casa de ferreiro, espeto de pau. Ok, sabemos que a imagem da nossa querida profissão não anda lá muito boa, mas esse ditado não é de todo verdadeiro não. Podemos perceber isso apenas visitando uma agência qualquer.
Todo mundo da área sabe que entrando em uma agência você vai encontrar pelo menos muuuuitos computadores, coisinhas coloridas, bichinhos e pessoas estranhas (espero que ninguém se sinta ofendido por eu estar, nesse post, considerando os profissionais uma decoração).
Fato é que uma agência de comunicação nunca terá um visual que lembre as empresas que vemos em filmes e novelas, cheia de poltronas cinzas, vasos quadrados com plantas artificiais.
Eu não me surpreenderia se entrasse em uma agência e me deparasse com um bonzai de pau brasil, ou uma poltrona multi-colorida em forma de mão, ou um painel cheio de desenhinhos estilo happy tree friends ou até mesmo uma mesa de sinuca de vidro, entre outras coisinhas incomuns.

Tá! As agências em geral parecem inspiradas em desenho animado, mas e daí? Que diferença isso faz?
Bom. Imagina só. Você é um cliente, tem uma empresa numa área super saturada, a primeira do mercado surgiu lá pra mil novecentos e guaraná com rolha e todas as concorrentes parecem iguais. Ai você resolve reposicionar sua empresa, tentar ganhar mais mercado, pois qualidade não falta, falta se destacar. Ai você sai da sua empresa, mundinho real, liga para aquele sobrinho todo alternativo, que só anda de allstar, tem bonequinhos tatuados nas pernas e adora camisetas coloridas com frases que deveriam fazer algum sentido, mas não fazem, e pergunta:
"Oh, meu filho, tô querendo ir lá naquela agência que você trabalha, ver se dá pra dar uma cara diferente pro meu negócio, sabe?"
Ele te passa o endereço, você vai até lá desconfiado e ao entrar na agência, de repente, se vê submerso em um mundinho de cores, formas, gente diferente, computadores ligados e uma movimentação frenética.
O que você pensa???
"Tá! Se eles não conseguirem dar uma cara nova e diferente ao meu negócio ninguém mais consegue!!"
Ai você é apresentado ao portifólio, começa a entender que não é só desenhar não, vê que tem pesquisa, que é tudo feito de maneira séria e pensada pra se adequar aquilo que você precisa e que a criatividade ta sim em tudo que é feito.
Pronto, a essa altura você já esta envolvido naquele clima todo e é até um choque sair daquele mundinho colorido e cair na buzinação e tons de cinza da cidade novamente.

Viu? Deu pra perceber a diferença que faz um ambiente bem trabalhado, criativo e único?
Só não podemos deixar de fora o bom senso e sair por ai embonecando o ambiente a todo custo! Afinal, uma agência de comunicação não é uma loja de brinquedos, nem um showroom da tool box!
O visual da agência tem que saber transmitir os seus valores, o seu clima, tem que saber mostrar aos seus clientes que a agência traz soluções, que ela pensa em cada detalhe. Afinal, que cliente vai querer deixar a identidade de sua empresa aos cuidados de uma agência que não se preocupa com a sua própria?
Tomados esses cuidados, o negócio é deixar o nosso local de trabalho o mais divertido, inspirador e diferente possível!
Que google que nada! Legal mesmo é trabalhar numa agência de comunicação!!

O Cenário das Relações Públicas na Comunicação Organizacional

Há alguns dias uma pessoa me fez uma pergunta interessante e ao mesmo tempo incômoda, que na verdade acho que todos nós já fizemos um dia. O que é Relações Públicas? O que o Relações Públicas faz afinal de contas? Mesmo já tendo estudado bastante sobre o assunto, eu não me senti tão segura quanto eu gostaria para responder. Quem me perguntou foi um estudante de medicina. É muito fácil ver resultados práticos e tangíveis na atução do profissional da saúde. Entretanto, quando falamos em gestão da imagem pública, resolução de conflitos e geração de boa-vontade a compreensão não é assim tão simples para alguém que não possui o olhar comunicacional apurado. Eu até tentei explicar como é importante o trabalho do Relações Públicas para a sustentabilidade e sucesso de uma organização, mas não tenho certeza se ele percebeu a relevância da atividade de gerenciar a imagem de uma empresa, um bem intangível, porém muito valioso.
Contei essa histórinha toda para chegar em assunto muito delicado. O conhecimento sobre a profissão e o reconhecimento de sua importância não é insatisfatório apenas entre médicos, dentistas, advogados... Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostrou que a área ainda não tem o reconhecimento merecido dentro das próprias organizações. Os dados apontam que apenas 12,4% dos profissionais que trabalham no setor de comunicação das empresas que estão na lista das "1000 Maiores de Valor" são formados em RP. Mais de 49% não possuem formação em comunicação.
A partir disso, podemos refletir que o caminho que teremos que trilhar para o reconhecimento do profissional de Relações Públicas dentro e fora das organizações ainda é longo. A administração das empresas precisa entender que atualmente o foco deve ser maior no relacionamento do que na promoção do comportamento de compra, já que ele acaba sendo uma consequência. No mundo globalizado em que vivemos, onde a concorrência é cada vez mais acirrada, conquista o consumidor a empresa que ganha a sua confiança, que projeta valores que são colocados a prova todos os dias e passam no teste.
Mas nem tudo são trevas. A pesquisa mostra também que a comunicação empresarial está, aos poucos, conquistando o seu lugar ao sol. Cabe a nós, profissionais que estaremos no mercado no futuro, mostrar que somos competentes o bastante para atuarmos na nossa área de formação.

Para quem quizer conferir a pesquisa na integra, aí vai o link:
http://issuu.com/aberje/docs/comunica__o_corporativa_nas_organiza__es?mode=embed&documentId=090213145019-1be6f2e452fe4527a7cb52950ac5caad&layout=grey

Um Novo "COMTEXTO"

Buscando sempre novos conhecimentos, trazemos para você uma nova oportunidade de se aperfeiçoar e adquirir uma experiência diferente.
Como comunicólogos devemos sempre procurar ter um olhar mais critico sobre nossa área.
A pesquisa na nossa profissão é um fator indispensável, pois trabalhamos com a sociedade, e por isso é necessário sabermos nos comunicar e compreender de maneira mais ampla a relação da comunicação com a saúde, com o meio ambiente e sobre tudo a comunicação empresarial.
O site “COMTEXTO” sobre comunicação e pesquisa oferece cursos a distância de:

• Comunicação Empresarial
• Comunicação Interna
• Assessoria de Imprensa
• Jornalismo Científico
• Comunicação e Meio Ambiente
• Comunicação e Saúde
• Comunicação e Agribusiness

Todos, não só planejadores, mas também jornalistas e publicitários podemos, todos os dias, adquirir novos conhecimentos que com certeza nos ajudarão.
Aos interessados o site é: http://www.comtexto.com.br/novo/cursos.htm

Até a próxima galera! : )

Redundância também é importante

Apesar de ter pouca experiência na atividade de planejamento comunicacional, um detalhe já me chamou a atenção nesse processo de "atingir o público da maneira mais eficiente possível". Eu pude perceber que uma aparência limpa, moderna e "apresentável" numa campanha comunicacional não é sinônimo de sucesso para uma marca. Quando digo aparência, não digo só em relação ao design, mas ao tom da campanha como um todo.

Observando outro dia um desses jornais de R$ 0,25, vi que a tipografia das manchetes era em caixa-alta, negrito, itálico e sublinhada, ao mesmo tempo. Achei feio. Um dia depois, por coincidência, vejo no livro Pensar com Tipos, de Ellen Lupton, que exatamente essa combinação seria desnecessária e poluída. Concordei. Mas o "problema" é que esse jornal é o segundo mais vendido em todo o país. Logo, a manchete poluída não parece atrapalhar. Pelo contrário, chama mais atenção.

Outro exemplo é o das Casas Bahia, que, desde 2001, investe maciçamente em propagandas um tanto quanto "enfáticas". Para isso, foi feito um estudo sobre o comportamento de compra e a percepção das marcas pelo consumidor que durou seis meses. No meu meio de convivência, é unanimidade que aqueles comerciais são extremamente irritantes. Mas toda aquela gritaria em 30 segundos chama a atenção do público. Nas classes de renda mais baixa, os financiamentos da empresa atraem os clientes. Resultado? A Casas Bahia atingiu um lucro bruto anual de R$ 9 bilhões em 2004, e vence com folga o prêmio Folha Top Of Mind para loja de eletrodomésticos desde 2006, ano em que o prêmio foi criado.

Casos como esse provam a extrema importância do planejamento da comunicação. A redundância e o exagero não podem ser interpretados como algo negativo. Muitas vezes os comunicólogos/publicitários produzem marcas e campanhas de tom moderno, usando as mais mirabolantes teorias do design ou insistindo em práticas corriqueiras da propaganda, e esquecem do argumento. Não quero aqui desprezar o design ou as propagandas mais "conservadoras", até porque essas práticas costumam ser muito eficientes. Só escrevi essas linhas para tentar demonstrar a importância de se agir com originalidade e ousadia no mercado da comunicação. Essa atitude é essencial para chamar a atenção do público num mundo globalizado e cheio de informações como o nosso. Em meio a esse universo, são as ações incomuns (e, porque não, espalhafatosas) de tanto sucesso que fazem da comunicação - e principalmente do planejamento - algo ainda mais fascinante.

Virais

Olá! Sou o novo blogueiro das Segundas-feiras e na minha estreia no blog vou falar de virais.
Virais, na publicidade, são aqueles vídeos comerciais lançados na internet para que as pessoas vejam e passem para as outras, espalhando a propraganda tal como um vírus (a gripe suína, nesse caso, é um case de sucesso).
Em tempos de TV digital, em que a audiência escolhe ou não assitir aos comerciais, os virais surgem e ganham força como o futuro das propagandas. Até porque neles a criatividade dos publicitários não esbarram na censura
ou nos meros 30 segundos que os comerciais normalmente possuem na tv
Aproveitem os vídeos!
Até sgunda que vem!

O que você acha?

Não é segredo para ninguém da área, ainda para os que estão ma graduação, que a imagem do profissional de Relações Públicas nem sempre é a melhor possível. E o velho ditado popular que envolve casas de ferreiros e espetos de paus parece vestir bem essa situação já que, depois de mais de vinte anos de redemocratização, ainda vemos vestígios de uma má fama adquirida nos negros tempos de ditadura assombrando uma classe que ganha a vida trabalhando a imagem dos outros.

Pensando nisso, resolvi postar um texto onde os RPs são citados. Pare um minutinho e leia, daqui a pouco eu volto:

Pomba!
Luiz Fernando Veríssimo
"Uma vez pedi um “piccione arrosto” num restaurante em Assisi, na Itália, e imaginei que aquele pombo podia muito bem ser um descendente direto dos pássaros que conversavam com São Francisco. Mastiguei-o com mais gosto. Não sei o que as pombas diziam ao santo homem mas estou certo que o enganavam. Pombas são dissimuladas e de péssimo caráter. Profissionais de relações públicas devem venerar as pombas, pois são o maior exemplo conhecido do triunfo de RP sobre a realidade. São animais lamentáveis, portadores de doenças e poluidores, mas construíram uma reputação de beleza e virtude que resiste aos séculos. Desde os tempos bíblicos. Foi uma pomba lançada por Noé da arca que trouxe o ramo de oliveira, provando que o dilúvio chegava ao fim. Quando Noé a lançou de novo para guiar a arca para a terra seca ela, calhordamente, sumiu, mas essa parte da história é pouco lembrada pelos seus fãs. Fartamente paparicadas e poupadas - a não ser por quem, sensatamente, as pega, cozinha e come com polenta - as pombas transformaram-se em pragas urbanas. Em lugares de muito turista elas andam no meio da multidão com uma empáfia de sultão, e acrescentam a arrogância a todas as suas outras antipatias - sem falar no cocô que espalham por toda parte, inclusive nossa cabeça, em escala industrial. E no entanto são símbolos de pureza, símbolos de inocência e paz. Tudo RP.
Mas por que foi que eu comecei a falar em pombas? Queria falar sobre outro assunto alado, os problemas da nossa aviação civil. Essa questão que há meses está no ar, quando não está presa no aeroporto. Dizem que a primeira condição para saborear uma lingüiça é não saber como ela é feita. Se soubéssemos, nunca a comeríamos. De uns tempos para cá descobrimos como funciona o controle dos vôos no espaço aéreo brasileiro - e foi como nos atirarem de ponta-cabeça num caldeirão de recheio de embutidos repleto de unhas e cabelo de rato. Eu preferia a ignorância. A analogia só não é completa porque você pode parar de comer lingüiça, ou cuidar para só comer lingüiça feita na sua frente, com ingredientes nobres e, de preferência, por alguém da família, mas não pode parar de voar ou escolher como vai ser controlado o seu vôo. E pensar que todo esse tempo estivemos voando sobre esse abismo de intrigas, ressentimentos, precariedade, incompetência, unhas e cabelo de rato sem saber de nada. O fato de não ter havido mais acidentes aéreos no Brasil só pode ser atribuído a boa vontade de Deus ou ao lóbi do Santos Dumont.
Há culpa suficiente nessa vergonha toda para repartir entre governo, Aeronáutica e todos que a esconderam ou ignoraram. Não vão se recuperar tão cedo. A não ser que contratem o RP das pombas."


Então me diz, você ficou ofendido? Acho que foi chamado de mentiroso? De maquiador de verdades inconvenientes? Pois é, muita gente ficou. Depois que essa crônica foi publicada no jornal O Globo do dia 08 de abril de 2007, as cartas de RPs enfurecidos abundaram mais que as pombas e autor acabou tendo que se retratar:

Há dias escrevi que o relações-públicas das pombas, bichos lamentáveis que, no entanto, têm uma imagem invejável, devia ser extraordinário. Recebi vários protestos, não de pombas, mas de relações-públicas. A idéia era citar as pombas como o que, em publicidade, se chama de um “case”, no caso de sucesso na construção de imagens, portanto admirável. Entenderam que eu estava atribuindo aos RPs os defeitos das pombas. Era uma fantasia hipotética, gente. As pombas não têm RP, e duvido que algum RP aceitaria a conta das pombas.A intenção não era ofender ninguém além das pombas. Relações públicas é uma profissão séria e cada vez mais necessária. Acho que eu mesmo estou precisando”.
(publicada em sua coluna no Jornal Zero Hora no dia 12/04/2007)

Prefiro não emitir minha opinião, só o que eu digo é que eu tenho senso de humor. Mas acho que vale lembrar que a profissão de Relações Públicas já sofre com inúmeros preconceitos, costuma ser a patinha feia dos cursos de comunicação social e é um dos campos mais desconhecidos pelo senso comum (se você não pensa RP como festinhas)

Talvez os RPs, a exemplo do Luiz Fernando Veríssimo, também esteja precisando de um RP...

Sugestão de leitura

O clima agora dentro da CRIA é de renovação, muita empolgação, aprendizado e interação. Aproveitando isso, trago para vocês uma sugestão de leitura que deveria ser obrigatória não só para todos os planejadores, como também para o pessoal de atendimento e criação. É a BÍBLIA, A arte do planejamento - verdades, mentiras e propaganda, de Jon Steel. É um livro que não só fala de planejamento, como TOCA NA FERIDA da propaganda, é curto e grosso, não tem meias palavras para falar de todos nossos erros, dá um sacode e indica a direção correta, além de ser muito gostoso de ler, cheio de exemplos e histórias engraçadas.

Quem não tem mais paciência para criativos que mais fazem arte que propaganda e ainda reclamam que o cliente não entende o conceito, vai AMAR esse livro. Quem esta cansado de fazer mil pesquisas e no final chegar a MESMA conclusão que tinha antes, não só vai amar, como vai APRENDER demais. Quem acha que cliente é coisa para atendimento preocupar, PRECISA ler esse livro. E quem não necessariamente se encaixa nesses perfis, mas pretende ser um GRANDE planner, tem que ter esse livro em casa.

Para quem ainda não se convenceu a procurar o livro, deixo aqui um link para o Blog do Grupo de Planejamento (o de São Paulo) onde peguei essa sugestão e transcrevo aqui os depoimentos de Lee Clow, chairman da TBWA Chiat/Day e diretor mundial de criação e também de Geoffrey Frost, diretor de publicidade global, Nike Inc.

"Jon Steel é um dos grandes profissionais da publicidade de hoje. Este livro captura a essência de como entender e se conectar com outros seres humanos; não apenas vender alguma coisa para eles, mas criar uma série de ligações de marca fortes e duradouras. Deveria ser leitura obrigatória para todos os planejadores, profissionais de criação e de atendimento." (CLOW, Lee)

"Um olhar muito inteligente e divertido sobre o que funciona, o que não funciona e por que, no às vezes enlouquecedor e às vezes inspirador mundo da propaganda. Um dos livros mais brilhantes sobre o assunto em muito, muito tempo." (FROST, Geoffrey)

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Uma experiência Junior de gestão organizacional

Mais um final de gestão se aproxima na CRIA e junto com ele uma série de reflexões começa a perpassar a mente dos membros e, principalmente, daqueles que dirigiram a empresa ao longo desses seis meses de gestão. Tudo passou muito rápido e a sensação que fica em muitos de nós é que o tempo não foi suficiente para colocar todos os projetos em prática. Além disso, começa-se a rever os problemas enfrentados e com isso percebe-se que muitos deles deveriam ter recebido maior atenção ou percebidos com maior antecedência.

Por que a sensação é sempre a mesma?

Fato é que por mais que a Direção da empresa se esforce para ter uma visão holística nem sempre esta é alcançada. A existência de uma hierarquia entre as pessoas, bem como as diferenças pessoais, torna limitado o fluxo contínuo e integral das informações. Quando fui membro na gestão 2007/2 tinha muita coisa a dizer para os meus superiores, mas, por falta de coragem e até mesmo por esquecimento, guardei alguns comentários para mim mesma. E não foi diferente quando exerci a função de coordenadora do núcleo de Planejamento. Sempre observava que os meus Diretores não estavam a par de muitas coisas da empresa, embora se mostrassem sempre abertos a solucionar problemas internos e discutir novas idéias. Mas, como sempre, as queixas dos membros têm maior visibilidade em períodos de crise na empresa como, por exemplo, em casos de conduta antiprofissional. E os casos de maior relevância, por sua vez, são aqueles que geralmente envolvem coordenadores e diretores diretamente.

Quando Camila, Denise e eu assumimos a direção da CRIA, entramos também para o hall dos “idealistas” e assumimos o compromisso com nós mesmas de rever os processos e propor mudanças efetivas dentro da empresa. E esse compromisso foi tratado como um dever diário tanto é que nos debruçamos sobre cada problema, independente de sua proporção. Essa preocupação, com o passar do tempo, revelou-se angustiante. Às vezes tínhamos tanta coisa pra resolver que acabávamos passando pelos problemas sem a devida ponderação, sem entender que algumas coisas não admitem soluções imediatas e que outras demandam uma resposta fechada por parte das lideranças da empresa.

Por mais que os membros de uma empresa se sintam atraídos por propostas revolucionárias, é também verídico que estas podem gerar uma série de atritos no momento de sua implementação. E nós vivenciamos isso claramente nessa gestão. Sem citar nomes, farei referência a um episódio que, com certeza, marcou a minha experiência na empresa. O núcleo de Recursos Humanos nessa gestão entrou com força total para melhorar o nosso processo de gestão e seleção de membros. Desde o começo, adotou a postura austera e firme de fazer valer o Estatuto. Posso dizer que pela primeira vez em três gestões na empresa os membros perceberam que o RH estava não só trabalhando com a motivação e a integração, como também passou a realizar um acompanhamento intensivo do trabalho de cada um. E foi com essa postura que o RH conseguiu sua legitimidade na CRIA e terminou a gestão ocupando o 1º lugar no ranking dos núcleos administrativos.

Esse compromisso foi levado com tal seriedade que, ao final da gestão, o núcleo se dividiu em função de uma questão controversa, pois envolvia a legitimidade do nosso Estatuto. Deveríamos ou não entregar certificados de participação aos membros que não compareceram a um evento obrigatório da empresa? Mais uma vez, a Diretoria se posicionou a favor do Estatuto, ainda que essa postura fosse prejudicar alguns dos membros mais dedicados da gestão.

Essa situação pontual foi apenas uma dentre várias que aconteceram ao longo da gestão que exigiram de mim, enquanto uma figura de liderança, uma resposta. E essa exigência, na maioria das vezes, faz com que alguns interesses e expectativas sejam frustrados. Trabalhar com essa quebra de expectativas foi um grande aprendizado, no sentido que aprendi a trabalhar com o limite tênue existente entre vínculo pessoal e profissional. Em função disso, ficou bem claro pra mim que o fato de não atender aos membros sempre não é um parâmetro válido para avaliar o trabalho e a competência de um líder. Afinal de contas, como lidamos com interesses conflitantes no contexto organizacional, é mais do que necessária a presença de alguém para tomar as decisões “chatas” e determinar as regras do jogo.
 
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