Gafe na Publicidade da Copa

Todo mundo está cansado de saber que a Copa do Mundo é uma oportunidade excelente para a Publicidade entrar em ação. E claro, tem-se peças tanto para a vitória quanto para a derrota do país. Sendo assim, a publicidade tem que ser, mais do que nunca, cuidadosa e responsável.
Não foi o que aconteceu com o Extra e a Folha de S. Paulo.
Foi publicado no Jornal um anúncio do Extra, patrocinador oficial da Seleção Brasileira, como se o Brasil tivesse perdido o jogo de segunda-feira, contra o Chile.


SIM, ELES MANDARAM O ARQUIVO ERRADO PARA O JORNAL. Ou foi o Jornal que selecionou o arquivo errado? Gerou-se uma briga enorme em torno do ocorrido, um culpando o outro. Sobrou até pro twitter... O Presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açucar, Abílio Diniz, pediu desculpas aos brasileiros e aos jogadores em especial, e acusou a Folha se der responsável pelo erro. Isso fez com que o caso tomasse maiores proporções e mais pessoas ficassem sabendo do ocorrido.
Talvez seria melhor um acordo que uma briga na mídia.

Sente só!

Já faz um tempo que não basta usar apenas a visão e a audição do público para vender ou divulgar algum produto. Se antes os publicitários faziam anúncios meramente visuais e auditivos (seja televisivos ou impressos), hoje eles aguçam todos os sentidos em suas campanhas. É a tal da Branding Sensorial, que busca explorar audição, visão, olfato, tato e paladar dos consumidores. Mais do que anúncios, hoje os publicitários devem produzir experiências.

Ainda não conhece nada do tipo? Então veja (ou sinta) a nova propaganda da Gillette. Na campanha elaborada pela Ponto de Criação, as paredes de um elevador foram forradas com pêlos masculinos artificiais. Já as portas tinham a textura da pele humana e contavam com o texto: “Você prefere assim? 98% das mulheres também. Gillette Mach 3.”





Pode dizer que é muito mais marcante do que qualquer anúncio comum!


Publicidade e Copa do Mundo 5

E Depois?

Antes e durante a Copa do Mundo todas as empresas tentam ao máximo se aproveitar da euforia ufanista vivida por um país apaixonado por futebol como nosso, através de comerciais exaltando a torcida, o sentimento nacionalista e a paixão pelo futebol.



E depois da copa???

Quando se ganha, coisa, modéstia a parte, bem comum no Brasil, as empresas ganham uma sobrevida com a publicidade sobre copa do mundo. Eis alguns exemplos:



E quando perde? Eis a questão. Algumas poucas vezes, dependendo de como for a derrota, algumas empresas colocam um comercial exaltando a luta dos atletas, enfim, coisas desse tipo. Tais comerciais são tão raros, que achá-los no you tube é quase impossível.

A estratégia mais comum, porém, é simplesmente esquecer que a copa existiu e que a derrota aconteceu e bola pra frente... Daqui a quatro anos, de novo temos um evento sensacional, palco para a criatividade da publicidade mundial.

Não basta pôr um Beatle!

Publicidade é muito óbvio: pegue uma boa mídia, atinja todo mundo, faça um discurso bem bolado, coloque um figurão para falar e… voila! Está pronta sua propaganda. Pode esperar que as vendas vão decolar e o cliente vai gostar. Certo?

Nem sempre! Uma propaganda da Citroën prova o quanto essa profissão nada tem de óbvia. É claro, propagandas são feitas para pessoas e não para carneirinhos.

A Citroen pegou uma entrevista de John Lennon da década de 70. Nela o ex-Beatle fala sobre autenticidade. "Uma vez que uma coisa está feita, ela está feita. Então por que essa nostalgia - digo, pelos anos 1960 e 1970, sabe? Olhar para trás para ter inspiração, copiar o passado. Como isso pode ser rock ‘n’ roll? Faça algo você mesmo. Comece algo novo. Vivam suas vidas agora, entendem o que eu quero dizer?"



Um prato cheio, usar o lindo discurso para colocar na propaganda do "anti-retro" DS-3, novo carro da empresa.

Acontece que Lennon era o mais político dos Beatles, sempre foi um cara engajado em causas nobres da humanidade, um ícone anti-futilidade. Quando alguns fãs viram o anúncio, repudiaram, usar das palavras bonitas de John para enaltecer um carro não desceu bem.

E mais uma vez a culpa vai para Yoko! Desceram a lenha no Twitter fazendo críticas a ela e ao filho Sean Lennon por autorizarem a veiculação das imagens.

Apresentação ao vivo: o risco do vexame

No mês passado, duas famosas montadoras de carro tiveram bastante trabalho para administrar um problema de imagem. Ambas convocaram a imprensa para lançar dois modelos de carro e acabaram passando por uma das maiores vergonhas que uma empresa pode ter.

A Volvo chamou os repórteres para fazer a demonstração do sedã S60 modelo 2010, que possui um sistema anticolisão que pára o veículo em velocidade de até 35 km/h sem precisar do motorista. Para a apresentação, colocou um daqueles bonecos usados em testes ao volante e pôs o carro na direção de uma carreta. No entanto, para o desespero da montadora, o carro não diminuiu nem 1 km/h e bateu feio na traseira da carreta estacionada! O que a empresa alegou foi que um funcionário esqueceu-se de ligar a bateria do sistema.


Duas semanas depois, foi a vez da Audi passar por uma situação parecida. Foi organizado um evento para o lançamento do Audi A1 - menor modelo da montadora - e para demonstrar as qualidades de manobra do carro. Nos três primeiros dias de apresentação tudo se saiu bem, porém, no quarto dia, o piloto entrou errado num muro inclinado e capotou. A Audi até tentou impedir que as fotos fossem divulgadas, mas com a internet isso se torna praticamente impossível.



As duas montadoras com certeza precisaram de bons Relações Públicas para amenizar essas situações!


Acima ou abaixo da linha?

Durante muito tempo, o mercado publicitário utilizou as siglas ATL e BTL para diferenciar as agências de comunicação. A primeira de refere às agências tradicionais de publicidade, e a segunda às agências de marketing, eventos, RP, design, entre outros. Mas, afinal, o que significacam essas siglas? ATL (Above The Line) significa “acima da linha”, e BTL (Below The Line), “abaixo da linha”.

Os pontos fortes das ATL são:
Branding: sabem trabalhar bem quando o assunto é marca;
Estratégia: bons planners e metodologias que valorizam o planejamento;
Criatividade: valorizam e investem em criatividade.

As BTL, por sua vez, destacam-se pelos seguintes pontos:
Relacionamento: complexo, vai muito além do relacionamento das demais agências;
Mensuração: determinação de medidas;
Tática: as ações que cumprem a estratégia.

Basicamente, planners de ATL criam marca e planners de BTL criam “compre e ganhe”. Quando um anunciante precisa montar um evento para 5 mil pessoas ou uma logística promocional complexa, são as agências de BTL que eles procuram. Elas também são responsáveis por gestão de marcas além do objetivo de venda, mas de aumentar sua presença em meio aos consumidores. Exemplo disso é a recente campanha das latinhas de Skol falantes.

Há, ainda, a classificação de agências como Digitais, representadas pelas agências de web e novas mídias. Nessas destaca-se:
Interatividade: importância crescente nos dias de hoje;
Novas mídias: estão mais abertas e capacitadas para explorar novas mídias e inovar sempre;
Novo consumidor: quem mais entende do novo consumidor é quem mais se parece com ele;
Operacionalidade: executar, controlar e gerenciar o que foi definido taticamente.

A divisão entre ATL e BTL perde o sentido e tende a acabar na nova realidade da publicidade, em que o consumidor passa cada vez mais a ser soberano na relação com as marcas. Cliente quer comprar resultado. O Grupo Interpublic, por exemplo, anunciou a fusão de sua agência de marketing direto Draft com a agência de propaganda FCB. É cada vez mais recorrente empresas multidisciplinares no mercado. Porém, essa divisão é real e ainda usada, então se alguém vier falar com você em ATL ou BTL você já vai saber do que se trata.

O que ninguém vê nem explica é a tal da linha entre above e below. Talvez entre BTL e ATL, o melhor seja pensar OTL (Off The Line).

Por Pedro Reis

Cannes Predictions 2010

A Leo Burnett, agência multinacional de publicidade, divulga todo ano o Cannes Predictions, lista de apostas para o Festival de Publicidade de Cannes. Em 2010, a lista da Leo Burnett inclui 40 trabalhos indicados pelos profissionais da rede em todo o mundo. Nenhum dos favoritos é brasileiro, como aconteceu ano passado com a campanha Cachorro-Peixe .

O Festival começa este domingo (20/06) e enquanto não sabemos os vencedores dos leões, podemos conferir as apostas que tiveram maior nota no Cannes Predictions:

  • Nike Football - Holanda - Write the Future - Wieden + Kennedy
O famoso comercial da Nike já postado aqui no blog, onde jogadores de futebol imaginam seu futuro durante momentos decisivos de uma partida.
http://www.youtube.com/watch?v=idLG6jh23yE&feature=player_embedded

  • Aides - França - Graffiti - TBWA Paris
Enquanto não usa proteção, o órgão sexual masculino desenhado na parede é solenemente rejeitado.
http://www.youtube.com/watch?v=5oY2U1vYNVI (conteúdo impróprio)

  • Coca-Cola - Reino Unido - Happiness Machine - BBH Londres
Uma máquina de Coca Cola colocada em uma escola distribui mais do que refrigerantes.
http://www.youtube.com/watch?v=lqT_dPApj9U&feature=player_embedded

  • Canal + - França - Closet - BETC Euro RSCG
A criatividade de um roteirista para se explicar ao ser pego por um marido traído.
http://www.youtube.com/watch?v=H4iY6ML82HE

  • Andes Beer - Argentina - Teletransporte - Del Campo S&S
Máquina de teletransporte criada pela marca de cerveja argentina.
http://www.youtube.com/watch?v=FjUWx_ZKPlg&feature=player_embedded


Confira a lista completa em:
http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=Confira_o_Cannes_Predictions_2010_da_Leo_Burnett&origem=home

Publicidade e Copa do Mundo - 4

A bola da discórdia


A Copa do Mundo deixou, há muito tempo, de ser um  simples evento esportivo para ser um evento comercial, aliás uma guerra comercial. A Copa do Mundo FIFA é, sem dúvida, o maior evento do globo e faz circular bilhões de dólares em patrocínios, publicidade, contratos, transmissões...
E cada espacinho publicitário na copa é tão ou mais disputado que a bola em campo. Aliás toda a copa é feita sob a lógica publicitária. Exigência de treinos abertos à imprensa, banners de patrocinadores em todas as entrevistas, fornecedores de material esportivo das equipes e da FIFA, álbum de figurinhas,placas de publicidade, personalização de bolas, camisas, enfim tudo feito sob medida para cada um dos jogos. A copa é uma grande vitrine publicitária.

Tamanha disputa por espaços nem sempre, aliás, quase nunca é amistosa. O último episódio que podemos especular é sobre o que é o cerne do torneio: a bola.

A Jabulani da Adidas,  tem causado muita polêmica.Muito leve, muito isso, muito aquilo... É fato que as bolas têm, ano após ano, ficado mais modernas, fabricadas com muitao mais tecnologia, testadas e retestadas nos mais complexos laboratórios. O que mais me intriga nessa polêmica não é o fato de a bola da Copa (ou seja, a bola mais ilustre dos últimos quatro anos) ser boa ou ruim. É o fato de duas coincidências muito, vamos dizer, coincidentes... Com o perdão do pleonasmo.

Não sei se vocês notaram todos - equipes e jogadores - que reclamaram da Jabulani são patrocinados pela Nike e todos que as defenderam eram patrocinados pela Adidas. A guerra pelas duas gigantes esportivas que juntas patrocinam 22 equipes da copa (incluindo a Inglaterra, já que a Umbro foi comprada pela Nike), é antiga. 

Ambas patrocinam os maiores clubes e atletas do mundo e muitas vezes, quando clube e atleta, ou seleção e atleta não representam a mesma marca, alguns pequenos entreveros acontecem. Na propaganda do Guaraná Antártica com o pesadelo do Maradona, por exemplo, a camisa da seleção brasileira usada pelo Kaká não é da Nike, já que o jogador brasileiro é patrocinado pela Adidas


(Cá entre nós, mudando de assunto rapidinho, muito foda relembrar esse comercial né? Sensacional). Nesse mesmo comercial, o Maradona usa uma camisa da Argentina sem marca, porque os hermanos são patrocinados pela Adidas.

A marca alemã tem sido, há um bom tempo, a fornecedora oficial das bolas da Copa do Mundo FIFA, e tem apresentado, a cada quatro anos, bolas com designs e tecnologias diferentes. A bola da copa de 2002, a Fevernova (que eu inclusive tive), tinha um design inovador que era para dar impressão, em alta velocidade, que a bola deixava um rastro como de fogo. 
A de 2006, foi projetada para ser mais leve e facilitar o chute e tinha menos gomos que as anteriores.
E em todas as copas aparece alguém para reclamar. Dessa vez, porém, a repercurssão foi bem maior. Tudo começou quando Júlio César, goleiro da seleção brasileira e atleta patrocinado pela Nike falou que a Jabulani parecia bola de supermercado


Depois dele outros jogadores da seleção brasileira, como o Luis Fabiano, (também atleta da Nike) declararam que a bola é muito ruim. A equipe brasileira falou tanto, que os organizadores da copa começaram a dizer que era uma possível desculpa para uma eliminação brasileira e ainda disseram: "se o Brasil ganhar, ninguém vai falar que a bola é ruim". 

Foi a vez, depois, da seleção holandesa, também patrocinada pela Nike reclamar da bola da Adidas. Vários outros jogadores patrocinados pela marca americana comentaram sobre a bola. Foi a vez, então, dos jogadores patrocinados pela Adidas se pronunciarem. O único da seleção brasileira, o Kaká, amenizou a situação em uma entrevista em que foi bastante político sem desagradar seu patrocinador pessoal nem o patrocinador da seleção brasileira

Até porque, ele Kaká, foi um dos jogadores da Adidas que participaram dos testes para a confecção da bola. Além dele, o alemão Ballack, o espanhol Xabi Alonso e o inglês Steve Gerrard, todos patrocinados pela Adidas, sairam em defesa da bola.

Em uma outra entrevista coletiva da seleção brasileira, estimulado pelo CQC, Kaká foi ainda mais longe e beijou a bola da Adidas em frente ao banner da seleção brasileira, patrocinada pela Nike. POLÊMICA. O CQC, que cá entre nós não tem nem porte para isso, foi acusado de querer gerar controvérsia e desentendimento entre os patrocinadores. Nessa guerra bizarra, os atletas e seleções da Puma, terceiro maior fornecedor de material esportivo para copa, com 7 seleções, não se pronunciou.

Evidentemente, não podemos afirmar que os jogadores da Nike fizeram isso de propósito ou que foi só uma mera coincidência. Eu só não ousaria afirmar se fosse comentarista esportivo nada sobre a qualidade da bola...
 

 

Serviço porco, hit de sucesso!

No meio de 2009, um passageiro da United Airlines, empresa aérea dos EUA teve seu violão quebrado no bagageiro, por conta da falta de cuidado dos carregadores.

Dave Carroll o dono do violão Taylor de 3.500 dólares processou a empresa. Passado mais de um ano da raiva, resolveu protestar de maneira criativa. Fez uma música.

A canção United Breaks Guitars (United quebra guitarras) foi para o youtube e foi assistido por mais de 8 milhões de pessoas do mundo inteiro. O pessoal não perdoou a United nos comentários, um terror para qualquer marca.

A empolgação foi tanta que o cara fez mais dois outros songs “enaltecendo” a United.

A empresa então, mandou uma carta para Dave oferecendo uma nova guitarra. Dizem que o estrago que a música causou foi tão grande, que as ações da companhia aérea teriam caído.

http://www.youtube.com/watch?v=5YGc4zOqozo&feature=related

A importância da escolha certa


Há algum tempo, escolher em qual mídia publicar um produto ou serviço para atingir o seu público era bem mais fácil. Não existiam tantos canais de comunicação, milhares de redes sociais, televisão nos ônibus, entre diversos outros meios.

Com a multiplicação das maneiras de se divulgar um produto, destacando, principalmente, as mídias digitais, a escolha se tornou bem mais complicada. Mas, ao mesmo tempo, atingir um público específico ficou mais fácil. Como são muitas as diferenciações, é possível identificar melhor a segmentação que você quer alcançar. As estratégias deixaram de ser tão gerais e se focalizaram.

Assim, muitas vezes não é necessário investir milhões em uma mídia para chegar ao seu objetivo. Escolher a certa para o seu público pode ser muito mais eficaz e barato do que passar um comercial no meio da novela das oito. E, lembrando que mídia é um dos maiores orçamentos de marketing, um erro pode custar muito caro.

Contudo, também devemos pensar que cada caso é um caso. Não podemos achar que nunca é necessário comprar um espaço de maior valor. Algumas vezes isso é realmente o mais adequado a se fazer e é aí é que entra o conhecimento e a experiência para saber diferenciar cada situação.

Publicidade e Copa do Mundo - 3

Latinhas que falam

Como ia dizendo no último post, não é só o apelo emocional que faz sucesso em tempos de Copa do Mundo. O humor, por exemplo, é uma tática comumente usada, especialmente em países de população descontraída e bem humorada como o Brasil.

O brasileiro, convenhamos, já adora tirar um sarro com a cara do outro. Se o assunto é futebol então, vira festa. Melhor ainda é quando em números ele é incontestavelmente superior aos seus rivais...

Está aí a receita certa para a publicidade com bom humor. Nesta copa de 2010, o mote tem sido tirar sarro com a Argentina, como vem fazendo, por exemplo, a Skol



O plano da Skol de se vender zuando os hermanos, porém, se consolidou no comercial de sua latinha promocional que grita "Pentacampeão!"


Os queridos hermanos devem saber que não é nada contra eles. Brasileiro é assim, meio debochado mesmo. Eu mesmo vi no twitter que a Skol deveria lançar uma latinha que falasse "Dunga burro"!.

Enfim, não é realmente apenas por conta dos argentinos que fazemos publicidades bem humoradas nas copas. Se vocês não se lembram, em copas passadas, quando ainda era permitido o uso de mascotes em campanhas publicitárias de bebidas alcólicas, a Brahma e sua tartaruga deram um show de bom humor, antes e depois da copa


A questão aqui é saber usar como usar humor para trazer o público para o seu lado. Além disso, é sempre bom ressaltar que marcas que vão além das fronteiras de um país tem que tomar muito cuidado com o deboche de rivais, afinal, com a internet qualquer um tem acesso à tudo em qualquer lugar do mundo... 

Multiplicação dos... dólares!


O Empreendedorismo é vital para qualquer empresa ou negócio. Ele é, basicamente, uma forma especial e inovadora de se dedicar a uma atividade, principalmente na geração de riquezas, transformando conhecimentos e bens em novos produtos. Pesquisando alguns sites e blogs de Comunicação, encontrei um case de empreendedorismo sensacional. Resolvi compartilhá-lo.
Um grupo de alunos de um curso intensivo de Empreendedorismo da Universidade de Stanford, na Califórnia, foi submetido a uma tarefa-concurso pela professora Tina Seelig. Os grupos tinham que encontrar maneiras de multiplicar ao máximo o valor disponibilizado a cada um deles: cinco dólares. E mais: tinham duas horas para executar o que planejaram e 3 minutos para a apresentação. O grupo vencedor, ao discutir o que fazer, chegou à conclusão que os cinco dólares não davam para quase nada e estavam se tornando um empecilho à tarefa. Começaram a pensar no que eles tinham ao seu favor: conheciam muita gente de grandes empresas. E o que essas pessoas precisavam que eles podiam oferecer? TEMPO! Eles tinham três minutos da apresentação em frente à classe. Eles ofereceram a uma empresa a venda desse tempo para ela se apresentar aos alunos e mobilizar e recrutar estudantes altamente qualificados para trabalharem na empresa, já que essa era a sua maior carência. Eliminaram barreiras, identificaram necessidades e reconheceram oportunidades. O resultado foi surpreendente: conseguiram 655 dólares sem utilizar os cinco disponíveis.

Tempestade num copo de Twix


Cada vez mais as empresas exploram o Marketing Viral. Essa estratégia consiste em lançar mensagens nas redes sociais que sejam passadas adiante, gerando uma verdadeira epidemia. Para tal, é preciso que as mensagens sejam atraentes, de forma que as pessoas tenham interesse em compartilhar. A volta do boca a boca na Internet leva a um grande aumento da visibilidade das marcas, como aconteceu com o famoso vídeo no Youtube em que Ronaldinho Gaúcho aparece chutando bolas na trave. De um dia para o outro, milhares de acessos e outros milhares de comentários sobre a Nike.

Aparentemente simples, a tarefa de publicar vídeos, imagens e textos que chamem a atenção deve ser muito bem planejada. Um case de insucesso por falta de planejamento foi o recente rumor da chuva de Twix em São Paulo. O personagem Nicolau Lourenço Ribztein Pinto, criado no blog da marca, anunciava sinais da inusitada chuva:

Mensagens enigmáticas foram amplamente difundidas em blogs, Twitter, Facebook, e Youtube. Algumas mensagens apenas diziam a data (30/05), horário (14h), lugar (Av. Paulista, 1230) e um aviso para levar guarda-chuva e chegar com antecedência de trinta minutos.

O misterioso fenômeno foi um viral e tanto na Internet. Ao que parece, as pessoas foram mais infectadas do que o planejado. Na hora do evento, a tão prometida chuva foi uma distribuição manual e desigual dos chocolates misturados a um grande número de papel picado. Muitas pessoas nem conseguiram acessar o local, controlado por medidas de segurança. A agência responsável pela campanha ainda disse que houve falha em um dos canhões distribuidores do chocolate.

O que choveu mesmo foram críticas. Diversos blogs e tweets comentaram o assunto, com uma página de protesto criada só para isso. A hashtag #chuvadetwixfail foi muito utilizada no Twitter, assim como a tag #chuvadetwix, que entrou para o Trending Topics Brasil no mesmo dia da chuva.

O erro dos responsáveis foi superestimar o evento e subestimar o potencial virulento da Internet. Para a marca, ficaram apenas a imagem negativa e a dica para a vida: planeje muito antes de contagiar as redes sociais com um vírus.


 
CRIA Plano © 2010 | Designed by Chica Blogger | Back to top