Mídia, quem?


Em meio a tanto conteúdo sobre a instabilidade política atual, talvez você tenha visto alguns gatos pingados parabenizando “O Mídia” ontem. Talvez não. De um jeito ou de outro, ontem foi o dia desse profissional que para muito iniciantes no mundo publicitário - como eu! - é como um extraterrestre. Afinal quem é esse cara e o que ele realmente faz nas agências?

Primeiramente, vamos começar pelo o que é mídia. A palavra vem do inglês media, que por sua vez vem do latim media, que é o plural de medium (meio). É comumente usado para generalizar os meios de comunicação e, também se referir a imprensa como um todo. Mas mídia vai além. Tudo - ou quase tudo - pode se fazer mídia, dando espaço a mensagens e ideias. O profissional de mídia entra aí.

Na prática, o mídia tem um papel extremamente estratégico. É preciso cruzar informações disponíveis: verba do cliente, público alvo da campanha, espaços midiáticos possíveis. Além disso, a profissão exige um grande conhecimento da mídia como um todo, e das oportunidades que ela oferece, de forma que o mídia saiba encontrar e sugerir realmente o melhor local para cada anunciante.

A importância do trabalho do mídia pode ser vista em cases como o da Swatch em 2010, que criou uma campanha para difundir sua coleção chamada Colorcodes. Para isso, pulseiras de identificação e controle de eventos foram feitas na forma de relógio, colocando a publicidade no próprio pulso das pessoas. Outro case interessante trabalhou a geração de mídia espontânea: no lançamento da Devassa, o orçamento não era tão grande que ultrapassasse o do principal concorrente. Por isso, a campanha criada visava o compartilhamento de conteúdo online pelos próprios usuários, aumentando espontaneamente a força da propaganda. O mistério foi o ponto chave que provocou os usuários a tentar descobrir quem era a Loura misteriosa.  

Atualmente, vê-se uma discussão em torno do papel desse profissional. Isso porque a tecnologia possibilitou a criação de softwares avançados que permitem o cruzamento de informações num piscar de olhos. Mas não seria esse o grande avanço? Esse tipo de aparato permite que o mídia foque na parte “pensante” da profissão, desvinculando-se um pouco do processo mecânico de cruzar dados. Vejo nesse aprimoramento uma oportunidade para a maior participação e desenvolvimento do mídia, provocando-o a ser ainda mais curioso, criativo, inovador e humano em meio a tanta tecnologia. O trabalho mecânico fica com as máquinas mesmo.

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