10 anos de Messenger – virando o jogo

O programa MSN Messenger surgiu em julho de 1999, com o intuito de possibilitar conversas instantâneas aos usuários do Hotmail. O programa chegou para competir principalmente com o ICQ, criado em 1996 e responsável por 30% do mercado mundial. Usando uma estratégia de comunicação voltada para o público jovem, aos poucos o MSN foi ganhando espaço, e com o suporte da Microsoft, que incluiu o programa no Windows XP, ele se tornou o mensageiro instantâneo mais usado no mundo, com 330 milhões de usuários. O Brasil possui o maior numero de “mensageiros” num só país: 45 milhões. Sou testemunha dessa mudança, pois tinha um registro no ICQ (desaparecido, por sinal) e a maiorias das pessoas do meu convívio também.

Quando o MSN surgiu, estava praticamente no mesmo nível, não tendo força suficiente para me fazer trocar de programa, além da simpatia e popularidade gigantesca do comunicador instantâneo da moda. Mas o suporte financeiro da Microsoft fez com que o MSN acompanhasse as novas tecnologias com maior eficiência, e os investimentos em propaganda (em especial na MTV) e o fato do programa estar presente no sistema operacional Windows XP fez com que os novos usuários se aderissem ao Messenger, e os antigos (como eu) se sentissem obrigados a deixar o ICQ de lado.

Durante os 10 anos de existência, o MSN (hoje conhecido como Windows Live Messenger), se mostrou atento às mudanças e soube aproveitar a expansão do mercado para se consolidar de forma indiscutível. As quantias investidas no projeto só deram resultado devido a um planejamento de comunicação bem executado aliado a uma falta de fôlego do programa antes líder, o ICQ. Após obter o domínio dos comunicadores instantâneos, agora a Microsoft mira o mercado das redes sociais, lançando esse ano o Windows Live Spaces, que substituiu o fracassado MSN Space. Vamos esperar qual será a estratégia usada pela Microsoft para abocanhar esse mercado, pois ela terá que ser ousada para derrubar os concorrentes que já estão consolidados, como Orkut e Facebook. Assim como o Messenger na época de seu lançamento, o programa parece não ter força o suficiente para alcançar a liderança, mas os próximos 10 anos podem ser suficientes para mudar essa realidade.

1 comentários:

Gustavo Almeida disse...

Viva o MSN! Esse texto me fez parar e pensar como eu dependo desse programa. Eu jogo conversa fora, marco coisas por lá, faço reuniões, combino, descombino, aviso, sou avisado, tiro dúvidas, passo arquivos e músicas... enfim, o programa que destronou o ICQ já faz parte do meu dia-a-dia. Tanto que eu nem me rendi a uma campanha mal-sucedida de tentar reavivar o concorrente... Ia ser uma traição, hehe.
Parabéns pelo texto Rolf

 
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