Nome? Valesca. Apelido? Quero inovar, mudar, arrasar...


Não é somente no mundo da Publicidade que se busca inovação e adesão a novos públicos. Isso também acontece com as celebridades. Os famosos são como marcas, pois têm produtos associados aos seus rostos, possuem um público a ser atingido e precisam de determinada vendagem de discos.

Um dos casos mais novos e marcantes que ilustra esse fato é Valesca Popozuda e seu (digamos assim) novo posicionamento. Passando de funkeira vulgar para ícone pop, além de ser a protagonista de um clipe numa produção estipulada em 437 mil reais, Valesca vem ganhando fãs da elite, porém sem deixar de agradar seus ‘popofãs’ que a acompanham desde o início da carreira.


Atualmente, a cantora encontra-se associada ao luxo e a causas sociais como o feminismo e a luta contra o preconceito relacionado ao grupo LGBT. A visão sobre Valesca não é mais a mesma. Isso é claramente perceptível nos meios em que ela aparece, como programas de televisão de grande audiência, eventos de moda, matérias em revistas influentes e na recente menção como pensadora contemporânea numa prova da rede pública do Distrito Federal. Mas o que a fez mudar assim?

O empresário de Valesca, Leandro Pardal, curiosamente pai do seu filho, achou que a funkeira deveria cantar sozinha, já que a imagem do grupo da qual participava, o Gaiola das Popozudas, se baseava principalmente nela. Valesca também declarou acreditar que o funk mudou e não somente ela. Assim, podemos comparar sua  transformação às marcas que se adaptam às necessidades do mercado em constante mutação.

A música Beijinho no Ombro foi a escolhida para estrear seu novo momento, explorando uma faceta até então desconhecida, elegante, bem produzida e diva POP da artista. No videoclipe oficial, é até exibido um logotipo exclusivo com o nome da cantora. Porém, Valesca ressalta que não quer abandonar o funk popular e, por acreditar no potencial do gênero surgido nas periferias, deseja continuar levando-o para diversos meios.


Recentemente, Valesca também deixou sua ‘marca’ sendo madrinha da campanha da prefeitura do Rio de Janeiro "Rio Carnaval Sem Preconceito — Beijinho no Ombro e Camisinha no Bolso", organizada pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (Ceds). A iniciativa ganhou as ruas na sexta-feira de Carnaval  do dia 28/02/2014, buscando conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis.

Beijinho no ombro foi apenas o primeiro sucesso da "Valesca reformulada" que rendeu muitos comentários. E o que podemos aguardar para as próximas ações? Menos baixaria ,mais glamour e coreografias marcantes são promessas da rainha Valesca e que nós, pequenos súditos, esperaremos ansiosamente.

1 comentários:

Tomás German disse...

Atentem-se para não transparecer tanto o preconceito que vocês tem com o funk. Considerar o funk popular/folclórico como "baixaria" é uma visão elitista da cultura da periferia urbana. Por mais que eles não possuem letras que falam de sexo da mesma forma que um Caetano Veloso ou Chico Buarque, eles não cantam "baixarias", eles cantam da forma como melhor se identificam.
E só mais um questionamento, a Valesca nunca se preocupou com "vendagem de cds", suas músicas sempre foram disponibilizadas de forma gratuita na internet e é dessa forma que a cultura folclórica brasileira da contemporaneidade faz para se fazerem conhecidos.

 
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