Religião define caráter?

Minha mãe já dizia: "religião não se discute". Muito bem, todos nós sabemos disso. Mas vendo uma campanha esses dias fiquei me questionando até que ponto esse tema é reprimido em uma sociedade que se dita tão moderna. Bom, vou explicar...

A ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) recentemente tentou divulgar uma campanha nos ônibus de Salvador e de Porto Alegre, mas a publicação foi proibida por uma lei municipal. A ideia era simples: tentar diminuir o enorme preconceito das pessoas contra os ateus. A publicidade contava com a imagem de Charles Chaplin e Adolf Hitler, dois ícones mundialmente conhecidos, com o intuito claro de chamar atenção. A ideia? Sensacional. Mas foi barrada. Motivo? Envolver esse assunto que envolve tanta polêmica, a religião.

A empresa Fast Mídia, que comercializa os espaços nos ônibus da cidade e proibiu a publicação deixou bem claro: "Não vamos veicular com base na lei, porque está clara a ofensa religiosa”, citando o Decreto Municipal nº 12.642, de 2000, que regulamenta a publicidade pública.

Nos EUA e na Espanha, a iniciativa deu certo, provocando a esperada polêmica. Na Itália, a veiculação foi proibida. Na Austrália, a companhia responsável por anúncios em ônibus se recusou a exibi-los.

A campanha era:







Bom, pra mim, de ofensa religiosa não tem nada. Afinal, a campanha prega o fim do preconceito contra os ateus, e, na realidade, qualquer campanha contra preconceito deveria ser válida. Além disso, é incrível ver como que em um país que se diz haver liberdade de expressão, censuras como a dessa campanha ainda existam. Sinceramente? Quem possui fé inabalável (em qualquer deus) não deveria se sentir ofendido, afinal, estamos falando da aceitação de todos os seres humanos, independente de possuirem (ou não) religião.

De todo modo, é melhor eu me abster e não prolongar mais o post, afinal, talvez minha mãe esteja certa. Iniciar essa discussão dá dor de cabeça... e muita!

5 comentários:

L and the Bijous disse...

Adorei seu post, Paula!
Muito bom mesmo.

Mas mais do que isso, ainda falta informação. Quando eu falava que era agnóstico (não sei o que sou agora), todos perguntavam: "agno...quê?".

Beijo!

Pedro Reis disse...

Sensacional Paula... interessante, questionador e muito bem fundamentado!

Bárbara Monteiro disse...

O Brasil é um país laico, Amém.

Wild Bill disse...

Ta Parecendo mais caixinhas de remédio

JF disse...

A ultima realmente ficou meio agressiva mas as outras ficaram espetaculares

 
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