Conectando pessoas e animais







Case de uma campanha muito bacana e que deu certo. Uma estratégia simples e criativa que prova que interatividade não existe só dentro da internet.

O problema
Em dezembro de 2007, o Zoológico de San Francisco, na California, passou por um dos seus piores momentos: um visitante foi atacado por um tigre e morreu. O zoológico fechou suas portas imediatamente e passou por uma longa avaliação de segurança, que resultou em severas medidas. Além disso, o triste episódio ganhou uma enorme repercussão na mídia e a tragédia foi parar até em noticiários internacionais e os danos para a marca foram terríveis
Quando o zoológico reabriu em janeiro de 2008, sua reputação estava péssima - e não era para menos: o índice de visitação havia caído 66% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O desafio
Era preciso reconquistar a confiança dos visitantes para evitar o fechamento. E foi esse o desafio que a BBH West precisou encarar. A meta estabelecida entre cliente e agência foi de recapturar, até o final de outubro, pelo menos 75% do público perdido. Para isso, a verba era pequena, já que não dava para comprometer as finanças da instituição, que já passava por severos cortes de custo.


A estratégia
Antes da tragédia, os residentes da região enxergavam o zoológico como uma maneira divertida de se conectar com os bichos, mas o ataque fez todo mundo se atentar para as diferenças entre seres os humanos e os animais. Os altos muros de segurança construídos ali depois do incidente só pioravam a situação: reafirmavam a percepção de que o zoológico era um local perigoso, cheio de ameaças. Á medida que a segurança aumentava a conexão emocional com a comunidade diminuía.
O papel da comunicação era, portanto, encontrar uma maneira divertida e segura de reaproximar seres humanos e animais.


A execução
A agência criou um jogo divertido e interativo chamado Critter Quest, que deu vida à estratégia.
O Critter Quest era formado por cartazes instalados em pontos de ônibus e no próprio zoológico que retratavam partes de animais divertidos e amigáveis, como as asas de uma borboleta ou as penas de um pavão. Os cartazes deixavam um espaço vazio para que as pessoas pudessem posar para fotos no corpo dos bichos. Além disso, a linguagem usada foi bem suave, utilizando palavras como critter - que pode ser traduzida como ‘criaturinhas’, ou algo assim -, para lembrar a população de que o zoológico é um local divertido que conecta as pessoas com o mundo animal.
O mais interessante é que o texto dos cartazes trazia um convite às pessoas para que tirassem fotos, criando imagens descontraídas - literalmente metade ser humano metade animal. Assim, a campanha foi ajudando a retomar as diversas conexões emocionais entre o zoológico e a comunidade.
As peças também traziam o endereço de um hotsite para que as pessoas fizessem upload das suas fotos e encontrassem um mapa com todos os painéis da brincadeira na cidade Ao postar uma foto, as pessoas estavam se juntando a um grupo de pessoas que também apoiava o zoológico.
As melhores fotos do site se transformaram em anúncios impressos veiculados em jornais e revistas locais, que ajudaram a completar a missão.



Os resultados
Antes do final de outubro, 6.033 pessoas colocaram suas fotos no site e os acessos atingiram seu ponto mais alto desde o ataque. Em relação à meta principal, o zoológico não só conseguiu atingí-la, mas superou o índice estabelecido, com a volta de 99% do movimento do ano anterior. Graças a uma abordagem que - ao invés de mobilizar as pessoas para o não fechamento, optou por alavancar o equity existente - o San Francisco Zoo continua aberto e prosperando. Brilhante!
Fonte : http://www.chmkt.com.br/

Obesidade é suicídio

Com a correria do dia-a-dia, o sobrecarregamento de tarefas e o grande número de mídias e imagens, as pessoas já não param com tanta facilidade para observar um anúncio. Sendo assim, os publicitários fazem de tudo para provocar a atenção do público, estão sempre procurando meios mais eficazes de fazer com que sua mensagem se sobressaia.
A utilização de imagens e textos chocantes é uma das opções para se sobressair e a campanha "Obesity is Suicide" (Obesidade é suicídio) exemplifica bem essa tática ao utilizar um título forte que inclui a palavra suicídio (nada comum em campanhas de conscientização) e imagens de suicídios habituais ( bastante desconfortantes) , mas substituindo as "armas" utilizadas
por comidas.
Se sobressair é necessário para a sobrevivência no mercado, mas será que chocar é a melhor opção?

Campanha Gordo

Campanha Gordo

Campanha Gordo

A mídia no palco

Muitos devem conhecer, mas pra quem não conhece o Teatro Oficina é um grupo que completou 51 anos de existência em plena atividade artística e social em 2009. O grupo passou por diversas fases e figuram entre os que revolucionaram a dramaturgia brasileira, além de terem passado por tenebrosas fases como a ditadura, na qual vários de seus membros foram presos e torturados.

Ainda hoje o grupo tem como diretor um de seus membros originais, o polêmico, Zé Celso Martinez. Aos 82 anos ele acredita em duas idéias básicas no teatro: a não representação e sim a atuação, o “aqui e agora”, e o público como atuador; para tal lança mão de todos os recursos disponíveis para realizar essa aproximação e, em plena era digital, a internet não poderia ficar fora dessa.

O Teatro Oficina conta com uma equipe de profissionais que mais do que apenas filmam os espetáculos – estes tem em geral de 3 a 6 horas de duração – mas que tornam o vídeo e o público (por meio do vídeo) em atuadores, criando uma nova linguagem dramatúrgica além de transmitirem essas imagens ao vivo pelo site. O grupo conta com cinco câmeras, sendo dois responsáveis apenas pela transmissão ao vivo. Porém eles não vêem isso como suficiente e alimentam também um blog e um canal no Youtube com informações e vídeos sobre as turnês, além do Facebook, Twitter e do próprio site. É claro que cada uma dessas mídias apresenta uma especificidade, enquanto o site aponta para um lado mais institucional o Twitter, por exemplo, se torna uma conversa entre os “de casa” onde os próprios internautas vão postando comentários ao longo das apresentações sobre o que acontece ou o que acham. O grupo cria, deste modo, seguidores que sentem-se realmente parte dele pois têm sempre acesso a trechos dos ensaios, bastidores das turnês além de “estarem em cena” com os atores.

Assim o Teatro Oficina vem provar que o teatro pode ser sim moderno e integrado à todas as mídias sociais de modo realmente ativo, deixando de ser a “arte ultrapassada”, basta traçar um objetivo e saber aproveitar as especificidades de cada público e mídia.

O vídeo abaixo é um exemplo disso, e mostra a preocupação do grupo em situar seu público virtual no local em que se encontram (atualmente em BH pra quem não sabe!). E pra quem não conhece a polêmica que envolve o grupo o vídeo dê talvez um direcionamento.


Quem quiser conhecer melhor o Teatro Oficina , seu trabalho e sua turnê em BH (que vai até dia 25 de outubro) acesse o site:

http://teatroficina.uol.com.br/home

Propagandas impublicáveis (agora publicadas)

Um importante hábito que os futuros publicitários ou mesmo os que já são profissionais da área devem ter é o de analisar propagandas já existentes. É uma ajuda para encontrar aquela inspiração, ter aquele insight e saber como é e como deve ser uma boa propaganda. Mas e como saber o que não fazer?

Os autores Eduardo Dencker, Marcel Ares e Vitor Marx, formados em Publicidade e Propaganda pela ESPM e donos do site Desencannes, reuniram no livro "As impublicáveis pérolas da propaganda agora publicadas" algumas peças publicitárias que jamais poderiam ser vinculadas.

Da editora Panda Books e com apoio do Getty Images, o livro mostra algumas cômicas propagandas de marcas conhecidas, criadas sem o compromisso de serem publicadas, mas simplesmente pela ideia em si de algo chocante e que não poderia ser exibido. É como se no brainstorm de uma agência não fossem excluídas as ideias malucas que viessem à cabeça dos criativos, não havendo julgamento algum. Segundo os autores, as propagandas são exatamente para o leitor imaginar se elas fossem publicadas na vida real, quais impressões causariam, quão impactantes seriam, criando aquela sensação "Já pensou se sai uma campanha assim?".

As peças exibidas no livro não foram criadas por agências publicitárias, refletindo o pensamento das marcas ali presentes, mas são manifestações de publicitários, estudantes de comunicação e pessoas comuns que enviam as ideias "absurdas" aos autores, pelo site Desencannes. O livro é dividido em várias categorias, veja abaixo alguns exemplos:

1. Trocadilhos visuais


Criação: Marcelo Marques, André Fukumoto e Marcel Ares

2. Aplicação


Criação: Eduardo Dencker e Marcel Ares

3. Trocadilhos verbais

Criação: Guilherme Camargo e Alex Mendes César

4. Expressões

 Criação:  Thiago Nakaguishi e Filipe Matiazi

5. Personalidades

 Criação: Adriano Neves da Silva

6. Contexto

 Criação: Bruno Guimarães e Filipe Lazarini

7.  Politicamente Incorretos

 Criação: Marcel Ares, Eduardo Dencker e Victor Marx


Um bom livro tanto para pessoas ligadas à Publicidade, que têm interesse no assunto e desejam saber o que não se fazer, quanto às pessoas que não são da área, que podem perceber claramente que aquelas são grandes "pérolas". Se as propagandas alí não servem para nos inspirar, pelo menos boas risadas poderão nos proporcionar!

Engano ou abuso?

Você conhece a diferença entre propaganda enganosa e propaganda abusiva?
A propagando abusiva é aquela que induz o consumidor a praticar algo que lhe é danoso ou perigoso a vida, induzindo-o a se comportar de modo prejudicial, por exemplo. Geralmente incitam a violência, exploram o medo entre outros.
Já a propaganda enganosa se caracteriza pela intenção deliberada do anunciante de ludibriar ou criar dúvidas ao consumidor, através de ferramentas de comunicação midiática e mercadológica. Ela induz o consumidor a um erro, mostra características e vantagens que um determinado produto não tem e/ou oculta informações importantes.
Estas práticas podem ser alvo de ação pelo Ministério Público e/ou Procon e apreciação do Conselho Nacional de Auto – Regulamentação Publicitária – Conar. Foi o que aconteceu com a Nestlé.

O Procon/RJ notificou a empresa por propaganda enganosa na bebida Alpino, lançamento da marca. O processo administrativo contra a empresa foi aberto após a polêmica de que a bebida Alpino, lançada em fevereiro deste ano, não reproduz o chocolate Alpino, induzindo o consumidor a erro. A Nestlé alegou ser quimicamente impossível reproduzir o sabor do chocolate na bebida e colocou no rótulo do produto uma frase que está gerando polêmica, justamente para não induzir o consumidor a erro: "este produto não contém Chocolate Alpino", e ainda: "imagem meramente ilustrativa para referência de sabor".
Propaganda enganosa ou não, é fato que a bebida deixou muito a desejar aos consumidores do chocolate Alpino e foi alvo de críticas pesadas na internet. Quer um exemplo? http://comacomosolhos.com/alpino-fast
 
CRIA Plano © 2010 | Designed by Chica Blogger | Back to top