Questão de Planejamento

Já reparou como existem épocas do ano em que parece que não nos sobra tempo nem para beber água? Nem mesmo para ir ao banheiro?! Nesses momentos, costumamos pensar: “Bem feito! Quem mandou entrar pro mundo da Comunicação, onde tudo é pra ontem e temos que andar [voar] à mesma velocidade das informações?! Pois bem, agora aguente!” Mas alguns dias, ou meses depois, nos pegamos em uma maré tranquila, onde nada, ou muito pouco, acontece e conseguimos nos sentir até mesmo entediados! Confesso que prefiro a primeira fase, apesar de reclamar...

No entanto, não é necessariamente do tempo – ou da falta dele - que venho lhes falar, mas sim do que fazemos com ele. Nosso tempo é exatamente o reflexo do que fazemos com ele. Se o desperdiçamos com preocupações e divagações sobre quantos problemas temos para resolver, certamente não nos sobrará tempo para resolvê-los efetivamente! Da mesma forma, quando começamos todas as obrigações ao mesmo tempo, acabamos por não findar nenhuma delas. O que nos acontece é que, diante de várias atividades a serem executadas, nos desnorteamos e perdemos a noção de por onde começar. Portanto, para que o mundo não caia sobre nossas cabeças e nem suma sob nossos pés, é preciso colocar em prática um verbo chave: planejar.

Estamos acostumados a planejar a vida dos outros, a Comunicação dos outros, a organização dos outros, o evento dos outros. Mas esquecemos de nos planejar, planejar nossa vida, nossas ações, nosso cotidiano. Sim, o cotidiano deve ser planejado! Priorizar o que é mais importante, urgente ou que deve ser feito por etapas a longo prazo, deixar para mais tarde aquilo que sabemos que não é para agora, mas que às vezes acabamos por fazer primeiro, estipular um cronograma, não deixar que uma atividade tome o tempo da outra, focar-se no que está sendo feito no momento e, finalmente, mas não menos importante, tirar tempo para nós mesmos... Descansar, comer, dormir, conversar com os amigos, a família, ler um livro por distração, ir ao cinema... Arejar a cabeça para que as informações possam circular...

Se mesmo assim não lhe sobra tempo, repense suas prioridades, seus limites. E lembre-se sempre que somos comunicólogos, vivemos à velocidade das informações, mas, no final das contas, somos apenas seres humanos. Ou, como diria Nietzsche. Somos apenas a poeirinha da poeira.

3 comentários:

Unknown disse...

Clarice, parabéns! Gostei muito do seu texto! E me identifiquei demais! hehe Planejar o nosso tempo é algo realmente importante... paramos pra pensar nisso um pouco!

Gustavo Almeida disse...

Parabéns pelo post Clarice

Clarice de Pinho disse...

mas fazer o que, né... casa de ferreiro espeto de pau...rs é osso!

 
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