Sou um público?



Em meio a tantos assuntos interessantes a serem tratados sobre Planejamento, escolhi um primordial para o desenvolvimento do trabalho de um Relações Públicas, Jornalista ou de um Publicitário. Nessa postagem, falarei um pouco sobre Públicos. Acho que muitos de vocês devem pensar: Públicos? Mas o que falar? Já sabemos do que se trata! Mas a verdade é que existem algumas especificações e diferenciações que muitos de nós não temos conhecimento. O assunto é mais complexo do que imaginamos!

Por exemplo, vocês sabem qual é a diferença entre público, massa, multidão e sociedade?
À primeira vista, parece difícil responder à essa pergunta, mas ao entendermos melhor o conceito de cada um desses termos, tudo ficará mais claro. Bom, primeiramente, vamos saber um pouco mais sobre o tão falado público.

Ferreira define público como:
“Agregado ou conjunto instável de pessoas pertencentes a grupos sociais diversos, e dispersas sobre determinada área, que pensam e sentem de modo semelhante a respeito de problemas, gestos ou movimentos de opinião”. Esse mesmo autor, afirma ainda que público pode ter três significados:

1- o conjunto de pessoas que lêem, vêem, ou ouvem, uma obra literária, dramática, musical;
2- o conjunto de pessoas que assistem efetivamente a um espetáculo, a uma reunião, a uma manifestação;
3- o conjunto de pessoas às quais se destina uma mensagem artística, jornalística, publicitária, etc.

Já segundo Blumer, o termo público é usado para designar um grupo de pessoas que:

1- estão envolvidas em uma dada questão;
2- que se encontram divididas em suas posições diante dessa questão;
3- discutem a respeito do problema.

Blumer diz também que a massa é constituída por um agregado de indivíduos que se encontram separados, desligados, anônimos, e mesmo assim, formando um grupo homogêneo em termos de comportamento de massa, que, justamente por não resultar de regras ou expectativas preestabelecidas, é espontâneo, inato e elementar. A multidão se difere nesse ponto. Ela se mistura e interage, agindo em resposta às sugestões e ao estímulo exaltado daqueles com os quais interage, e não atua em resposta ao objeto que atraiu sua atenção.

Apesar dessas breves definições, já deu para perceber que há diferenças e também convergências entre os termos. Precisaríamos de muito espaço e tempo para tratar detalhadamente desse assunto. Então, para concluir e resumir, vou encerrar com as falas do tão citado autor Blumer: a sociedade procura agir segundo um padrão definido ou por consenso; uma multidão, pelo estabelecimento de uma relação, e a massa, pela convergência de escolhas individuais. Já o público adquire seu tipo particular de unidade e procura agir no intuito de alcançar uma decisão coletiva ou desenvolver uma opinião coletiva.

Para encerrar de vez, só quero dizer, que como já havia adiantado no início, falei muito pouco sobre Público, ainda temos diversos assuntos a tratar, como por exemplo, “a nova forma de mapearmos os públicos” não mais categorizando-os em públicos internos, externos e mistos. Mas isso será assunto de uma próxima postagem! Aguardem!



Maria Marta Figueiredo

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