
Soando um pouco estranho? Leia então as informações encontradas nesse mesmo blog. Talvez te façam pensar de outra forma: “a cada ano cresce mais o número de exportações de produtos têxteis. Em tempos de Fashion Week, Fashion Rio, exportações e vontade de consumir lá em cima, o Marketing e as Relações Públicas de Moda tornam-se essenciais nesta indústria. Hoje, as faculdades de moda já têm em seu programa currícular a disciplina de marketing e, os estilistas já percebem a necessidade de desenhar roupas e acessórios que serão usados por pessoas comuns. Hoje, o empresariado já está tentando conhecer melhor seu público e trabalhar de acordo com o que o consumidor deseja. Afinal, passarela é conceito, dia-a-dia é aplicação deste conceito.”
Ou então: “recente pesquisa da CNI revelou que 75% das empresas têxteis e 66% das de vestuário entrevistadas observaram queda de participação nas vendas para o mercado interno devido à concorrência com produtos chineses. No Brasil, grandes produtores têxteis, grandes varejistas e pequenas e médias empresas de moda e de confecção vêm adotando estratégias isoladas para atuar no mercado global, ou pelo menos para atender os níveis de competitividade desse mercado”.
E aí? Pensando na moda de forma diferente? Eu, pelo menos, sim. E não que tivesse alguma concepção preconceituosa em relação a ela, mas, com certeza, não me passava pela cabeça algo que agora parece óbvio. O planejamento se mostra essencial até nos mais inusitados setores, e olhe que a moda, pensada agora em relação à indústria envolvida, nem é tão inusitada assim.
E essa história toda de moda ainda me faz lembrar de um fator para o qual atentei desde minha passagem pelo curso de fisioterapia. Pode parecer mais inusitado ainda eu falar de fisioterapia, mas vão ver onde estou querendo chegar.

No curso, os professores sempre insistiam no fato de que a melhor forma de se avaliar um paciente é começar ouvindo toda a sua história de vida, para depois analisar seu corpo inteiro, e, apenas no final, ir ao ponto específico da lesão. Ou seja, um bom profissional deve possuir um olhar global, não se limitando apenas em tentar solucionar um problema restringindo-se ao foco da dor.
E isso é um ponto chave quando falamos de planejamento. Assim como um fisioterapeuta, um relações públicas não pode fechar o seu campo de visão a um ponto específico. Se parássemos para pensar na moda apenas como algo fútil, jamais perceberíamos a sua dimensão e o quanto um planejamento se mostra necessário a ela.