A salvação da publicidade


Um momento de desabafo: faço publicidade e não gosto de propagandas. Ok, não vou radicalizar. Digamos que eu só não goste de 80% delas, e sim, acho que você me entende: Já somos bombardeados todos os dias por milhares de informações, notícias, músicas e novos produtos. Ainda assim temos que presenciar aquelas propagandas irritantes, em que o volume da TV sobe do 5 para o 50, para ouvir um cara gritando de como os preços baixaram. Ou ainda, aqueles outdoors, que de tão grandes, as vezes luminosos, quase que imploram por atenção.



A geração de jovens hoje já entendem o que é o marketing, e como funciona, e sinceramente, acham esse tipo de abordagem, no mínimo, apelativa. Essa mudança é claramente percebida desde a década de 90, mas só agora as empresas têm conseguido entender que os consumidores querem, na verdade, é criar uma conexão, na qual eles respeitem , e são respeitados pelas empresas em suas campanhas. O principal fator que permite isso, é bem simples: ouvir.

Cada vez mais o mercado entende que não adianta atirar para todos os lados, ou depender de um público em massa. A separação do público em nichos permite maior entendimento de suas reais necessidades e desejos, permitindo cria estratégias embasadas e que apresentem resultados de fato positivos. As pesquisas vêm se tornando um dos mais importantes fatores nesse campo, e além desse mapeamento, é importante entender como essas tendências e modas se formam, e por quem.

Para isso, essas empresas investem em coolhunters, pessoas que trabalham na pesquisa com o público jovem, para descobrir e identificar tendências, e quais suas regras, e como atuar nesses novos temas "cool", entendendo e conhecendo esses novos formadores de opinião. A caçada ao cool é uma maneira de compreender o que e como comunicar.



Atualmente, com essa estratégica, as empresas procuram não apenas vender seus produtos, e continuar dando murro em ponta de faca, com propagandas mais violentas e extremas, mas inovar na forma de comunicação com seus clientes, gerando experiências a eles, para que o que eles realmente queiram e comprem, sejam valores.

Maior exemplo disso foi a apple, que se tornou uma das marcas mais cool do mundo por ser uma grande criadora de tendências, de estilo de vida. Logo atrás vem a Coca, que, surpresa: em suas propagandas tenta vender mais a felicidade do que a bebida em si. 



Essa distorção no modo de se fazer comunicação foi um modo da publicidade se adaptar e se adequar a esse novo público jovem e entendido. Para o futuro, continuamos esperando para que haja uma salvação para essa publicidade cabeça dura.


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