A Globo, posicionada como uma das maiores emissoras da TV brasileira, já percebeu que mudanças são necessárias e que uma marca, para acompanhar seu público e até mesmo se manter atualizada, precisa se renovar e se rever constantemente.
O evento “Vem aí” anunciou aquilo que todos já
previam: muitas mudanças na marca, que busca mais do que nunca se modernizar, alcançar e se aproximar dessa “sociedade da juventude” que vemos hoje.
A Globo com uma nova marca
Depois do resultado de uma pesquisa feita com jovens
sobre a visão destes sobre a marca da Globo, o resultado obtido mostrava que a emissora era vista como uma “senhora rica, elegante e
austera, sem muitas novidades e com uma programação engessada". Sendo assim, a
mudança era inerente, não apenas em seu conteúdo, mas também no seu visual.
Assim, já no ano de 2013, continuando em 2014, percebemos algumas dessas
mudanças indo ao ar.
Quanto ao conteúdo, é necessário ressaltarmos o
fortalecimento de seriados ou novelas das onze, como “Amores Roubados”, “Serra
Pelada” e “A Teia”, que lançaram a Globo em um terreno ainda pouco explorado por
ela, mas que permite maior abertura para experimentação e produção, além de já fazer
grande sucesso entre os jovens.
Além disso, este ano vimos em seu horário nobre o primeiro
beijo gay televisionado pela emissora, e agora vemos, também nesse horário
nobre, a promessa de um beijo lésbico. Outro fator relevante foi a inserção de
nova voz narradora dos intervalos - uma voz feminina.
Essas mudanças nos conteúdos não poderiam vir
sozinhas. Assim, vimos junto a isso investimentos na identidade visual da marca,
tanto na apresentação dos novos conteúdos, quanto na revitalização dos já
existentes. Vários programas, como “Vale a Pena Ver de Novo”, “Sessão da Tarde”,
“Vídeo Show” e “Esporte Espetacular” ganharam caras e vinhetas novas.
Vale destacar que todas essas mudanças vêm de um
novo posicionamento que a marca pretende passar; sendo assim, o logo da emissora não
poderia ficar de fora. E como o bom filho à casa torna, Hans Donner, criador do
primeiro logo, de 1975 - do globo terrestre que se confunde com uma televisão -, voltou
para, segundo ele, “limpar meu filhote e adicionar vida”.
Depois de todos esses “vem aí” revelados, fica o
pensamento de que a Globo pretende se revitalizar totalmente, uma promessa de
nova emissora que vem se concretizando a cada nova vinheta, nova novela e a
cada plim plim. Aquele visual mais metalizado, que aposta em luzes, no 3D e no
apelo futurista, segue sendo deixado de lado, até porque os conceitos de
modernidade e tecnologia que temos hoje na sociedade são outros, diferentes daqueles do tempo em que a emissora produziu suas vinhetas e seu logo. Agora, o
apelo se volta ao flat design e ao aspecto clean.
O plim plim, som que remete a
metais se tocando, está ganhando um tom diferente, um tom jovem. Será que vai pegar?
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