Durante todo este tempo em que o folhetim da Rede Globo está
no ar o diálogo com o público foi muito grande. As redes sociais, sobretudo o
face, adotaram a trama de João Emanuel Carneiro de corpo e alma. Cada impasse
na TV parece ser comentado e (re)assistido por todos nós.
Alguns exemplos: a campanha enorme que fizeram pela doação de um
pendrive para a Nina, quando a mocinha perdeu todas as provas que possuía
contra sua antagonista, Carmen Lúcia (A mais nova Nazaré Tedesco)
As milhões de pessoas que foram congeladas em preto e branco
(todo mundo queria brincar de ser Carminha).
Os posts corriqueiros de amigos solidários ao tufão e seus
cornos (ops! Isto já é de Gabriela, né?), raivosas com o Nilo, apaixonadas pela Suellen... Já tô
achando que, na verdade, todo mundo tem
um quadrinho do Zeca Camargo (Aff! ¬¬’)
E, pra completar, nos últimos dias, a Vivo fez uma campanha para divulgar seus serviços de Internet, não com o Murilo Benicio, mas com o
Tufão. Isto mesmo, utilizando parte do enredo de Avenida Brasil. A Globo,
infelizmente, tirou o vídeo do ar, mas nós ficamos sabendo do mesmo jeito.
É... a novela é mesmo um sucesso. Mas, nada que não possa
ter sido previamente calculado pela emissora responsável. Tomo como exemplo o
caso “Empreguetes”. Pioneira, entre as telenovelas, a utilizar recursos
intermidiáticos. Cheias de charme (seu nome verdadeiro. rsrs) circulava em 2
canais ao mesmo tempo. TV e Internet. Os [humildes] atores, que depunham
claramente que estavam sendo dublados, fizeram o maior sucesso como cantores.
Todo mundo podia ouvir músicas e ver clipes pelo site, antes mesmo deles
aparecerem nas cenas da novela.
Resultado: a Globo conseguiu amenizar um rombo
histórico de audiência durante o horário das 19 horas.
Sobre isso, Rodrigo Botelho e Rodrigo Bela, no INTERCOM sudeste 2006, fizeram a seguinte afirmação:
A capacidade de elaboração e
propagação do conteúdo deixa de se limitar a apenas grandes empresas ou
conglomerados midiáticos: se antes falávamos de espectadores que, em parte,
eram passivos, agora nos referimos diretamente a atores (no sentido de agir,
não de representar personagem) nestas mídias. Nesse ambiente em que são
implodidos os paradigmas da divulgação em massa, os veículos da tradicional
Indústria Cultural sobrevivem e prosseguem um movimento de digitalização de
seus conteúdos. O que no início da popularização da Internet era apenas a
disponibilização das notícias dos jornais, tal qual elas eram, hoje é um
movimento que disponibiliza e integra outras mídias também como transmissões ao
vivo e disponibilização de mídias de rádio e TV
Isto é o futuro, bebê!!!
4 comentários:
Muito bom ! haha
Excelente postagem!
Obrigada!!
Por favor,Carminha pode ter sido um sucesso estrondoso,mas jamais pode ser comparada com Nazaré Tedesco.Nenhuma vilã pode.
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