Conforme o desenvolvimento da sociedade ao longo dos anos, a ideia primária de anunciar um produto enumerando seus benefícios já não é mais utilizada e não possui efeito algum. O mundo moderno é cheio de marcas que oferecem artigos semelhantes com as mesmas vantagens. Mas o que difere uma empresa da outra? Como vendemos os produtos? Como alcançamos o público preferencial? Essas perguntas alimentam a área da publicidade que busca sempre uma nova forma de se comunicar com o consumidor. Assim, muitos empreendimentos vendem não apenas um produto, mas seu valor sentimental, seu conceito e dessa forma buscam uma conexão mais forte e até mais íntima com seu cliente.
Somos expostos à inúmeras ações midiáticas que tentam, constantemente, construir definições e transformar sentimentos em entes palpáveis. Um dos alvos mais recorrentes é o ‘amor’, que é e já foi visto em anúncios, posters, banners e continua presente nestas formas de divulgação ao longo de todo o ano, porém, com abordagens diferentes, como o ‘Eros’ (amor sexual) ou o ‘Philos’ (relacionado a afetividade).
Uma das representações mais características do sentimento é apresentada no mês de maio com o amor maternal, explorando a preocupação, o cuidado e o carinho. Histórias bonitas e emocionantes são contadas de forma que um vínculo é estabelecido com o consumidor. Dentro desta forma de amor, as variações da situação mãe-filho também são representadas, garantindo a identificação da maior parte do público.
No mês de junho entra em cena o amor ‘Eros’, caracterizado pelo desejo, pela atração, intimidade e romantismo que são constantemente vendidos como sinônimo de felicidade e realização. Assim como a representação do amor materno, a publicidade se preocupa em mostrar as diferentes vertentes do amor paixão, adaptando-se ao cenário atual da sociedade.
Esta propaganda deu o que falar quando divulgada. O que se pode ver é a tentativa de aproximação do público, moldando-se à sociedade do século XXI. Uma grande parte das pessoas que não se viam representadas neste tipo de propaganda passou a frequentar a loja pela empatia criada a partir desta peça.
Agosto é o mês dos pais, que busca
um distanciamento do mês das mães, embora ambos, na maioria dos casos, tenham a
mesma responsabilidade para com os filhos. Neste mês são representados a
proteção, a cumplicidade, a inspiração e o trabalho dos pais. Eles sempre estão
muito ocupados e o tempo que passam com os filhos deve ser reconhecido. É nisso
que a publicidade aposta.
O último mês do ano é cheio de esperanças. Amor ao próximo, solidariedade, festividade. São 31 dias em que as campanhas se preocupam em mostrar atitudes que espelham essa mudança de postura que foi deixada de lado nos outros 334 dias do ano.
As propagandas da Coca-cola, principalmente as de fim de ano, propõem sempre este amor ao próximo, vendem a ideia de compartilhar sua alegria com alguém. A propaganda acima demonstra exatamente isso, associando o nome da marca a essa generosidade.
Assim, vê-se que é inegável a presença do amor em muitas formas, resta esperar e observar quais serão as mudanças que ocorrerão a cada ano para que se possa adequar e gerar um sentimento de identificação, ligando a marca ao cliente.
Por: Gabriela Campos e Pedro Galvão