Continuando com o papo no hangar da equipe de
cobertura da CRIA com as equipes competidoras do Red Bull Flugtag surgiram
vários momentos descontraídos.
A equipe “Tu Tubarão do cerrado”, de Brasília, liderada
pelo piloto Elton Augusto Peres, 25, veio com uma mensagem ecológica no mínimo
interessante. Questionado em entrevista sobre o orçamento da “aeronave” que
pesava quase 20 Kg a equipe afirmou que gastou apenas 100 reais com o projeto. Sendo
ele todo revertido em vodka, já que a matéria prima da máquina era toda de
origem reciclada. Com bom humor eles explicam o gasto só em vodka com o fato do
energético eles já terem ganhado em Brasília.
Apesar do tom de diversão, eles juram que
vieram com fortes objetivos. Segundo Elton a meta é voar 80 metros de distância,
mais de 10 acima do recorde mundial. Tirando onda, disse que esperam repetir
essa marca conquistada nos treinos. Intrigados perguntamos o porquê dessa
convicção dizendo que é a uma marca muito expressiva. Eles afirmaram: “É, a
gente desenhou para isso mesmo”.
Conversando um pouco mais descobrimos uma
equipe com histórico vencedor. Os integrantes de Belo Horizonte da “Red Bule
Uai sô team” foram campeões do recente Red Bull Soapbox que aconteceu na praça
do papa. Questionados sobre a expectativa de voo o piloto André Diniz Ferri, 21,
disse: “A performance vai ser muito boa. Cenas muito fortes estão por vir. Tirem
as crianças da sala! É muito perigoso me ver de maiô”.
Quanto ao orçamento nos disseram que foi em
torno de 1200 reais, todo patrocinado pela empresa Renovar ventilação, de um
dos integrantes. “A gente mesmo faz tudo, solda e pinta. Além da arte”.
Perguntamos se ele tinha medo de água fria e a resposta foi uma pérola: “Tenho
nada, a gelada que eu tomo da minha mulher todo dia é bem pior”. Em tom de
brincadeira, contamos com isso, André disse: “Posta isso que eu fico sem mulher,
em?!”.
Para finalizar, no hangar de preparação do voo
trocamos um papo também com a equipe de Uberlândia “Capitão planeta”. Composta
por designers do estúdio Farândola (farandola.com.br) o modelo foi um dos
poucos que não apresentavam asas – “Asa é um negócio supérfluo para a gente”.
Questionados quanto à meta no ar disseram que esperam voar dois milímetros, mas
que o grande objetivo era o piloto continuar vivo.
Sobre a situação da empresa no meio dessa loucura
de evento a equipe nos disse que praticamente parou um funcionário – Diogo –
por uma semana no estúdio de design. Os outros só viam o avião se formando por
foto, se estava “assim ou assado” e de fato mesmo só quando já estava pronto. Um
dos membros disse “Gabriel não sabia se trabalhava para pagar as despesas do
mês ou do avião”.
1 comentários:
haha, a maior preocupação de todo mundo deveria ser a mesma do "Capitão Planeta": garantir que os pilotos saiam vivos depois da prova.
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