Durante
a oficina do dia 30/6 sobre narração esportiva, Enio Lima deu dicas importantes
a nova geração de jornalistas presentes no Intercom Sudeste de Ouro Preto.
As dicas são:
Se
manter atento aos novos segmentos do mercado esportivo. Talvez uma
especialização em um esporte que esteja em crescimento no Brasil pode gerar
frutos extremamente positivos no futuro, como por exemplo o UFC que tudo indica
ser uma grande tendência de mercado inclusive no rádio. Uma dica relacionada
também está a locução esportiva feminina, já que ainda é um tabu no Brasil esse
tipo de profissional.
Ler
jornais e revistas. Se manter bem informado é fundamental para o sucesso da
narração esportiva. Pesquisar o histórico dos times, dos duelos e dos jogadores
é um ingrediente especial na hora da jornada esportiva. Além disso, a pesquisa
abrange desde o corte de cabelo dos atletas e cor da chuteira até o jeito de
andar característico do mesmo.
A
dicção deve ser impecável. Para abrir bem a boca na pronúncia das palavras
existem uma série de exercícios, como falar com a caneta na boca para relaxar
os lábios. Aquecer a voz antes da locução é também sempre importante.
Vícios
de linguagem devem ser excluídos do vocabulário esportivo. Termos
exageradamente informais assim como o sotaque não é bem recebido pelo ouvinte.
Outro fator importante é a pronúncia correta dos nomes em jogo, quando houver
polêmica é fundamental entrar em um consenso com toda equipe. Por exemplo, se
vai dizer “Xávi” ou “Xaví” na hora da transmissão.
Dormir
bem e beber muita água. Porém nada que coloque sua presença em risco na hora da
transmissão ao vivo.
Dominar
o cenário do campo de futebol. Linha de fundo, pequena e grande área, meia lua,
círculo central e por aí vão várias posições referência na transmissão
esportiva.
Escolher
uma marca original. É muito importante como objeto de identificação (identidade
sonora) a escolha de um jargão esportivo o qual será narrado principalmente na
hora do gol. Por exemplo, “na rede”, “no barbante” ou “no pedacinho que a
galera gosta”. No caso de Enio Lima é “marcou”.
Enio
Lima sempre bem humorado narrou para os participantes da oficina um lance
inusitado que aconteceu no futebol paranaense, o qual um time após 40 anos vê a
chance de subir para a segunda divisão estadual se perder junto a uma cobrança
de penalty no finalzinho da partida.
Parafraseando
o lance marcante, ele utilizou o nome da Gabriella Braga (membro da nossa
equipe de planejamento da CRIA UFMG Jr).
2 comentários:
Muito legal as dicas do Enio. Vale pra muita gente que quer seguir a carreira de narrador !
Show de bola!! Pra nós que estamos começando é essencial pegar um pouquinho da experiência de narradores consolidados como o Enio... Abraços!!! João Pedro de São Miguel do Passa Quatro - GO.
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