A grande maioria dos países admite a A.I. como uma atividade de R.P., já no Brasil, inexplicavelmente, a atividade é mais relacionada ao jornalismo. Digo inexplicavelmente porque, de acordo com a definição da atividade, o profissional mais capacitado para desempenhar esta função é aquele que tem conhecimento acerca da relação entre a organização, seus públicos e a imprensa, bem como das teorias das organizações e comunicação organizacional. Sendo assim, os jornalistas não preenchem requisitos mínimos e essenciais para exercer a atividade com qualidade e competência.
Marcello Chamusca, profissional de Relações Públicas e compartilhador de minhas opiniões, já disse em seu Blog que “a atividade de AI, apesar da nomenclatura, não cabe no perfil do profissional de jornalismo e sim na do profissional de RP que é formado para trabalhar a comunicação organizacional, é formado para utilizar as ferramentas necessárias para entender melhor o funcionamento da comunicação de uma organização e, conseqüentemente, melhores condições de geri-la. Da mesma forma que um relações públicas não está apto a exercer a função de repórter, por exemplo, já que não tem formação para isso. Pode até fazer, por aptidões pessoais ou autodidatismo, mas, genericamente, não está preparado para fazê-lo.”
Para assegurar um bom desempenho, o assessor de imprensa deve possuir conhecimentos que se mostram específicos das R.P., como listou Marcello Chamusca:
- “técnicas para mediar interesses da organização e seus públicos;
- técnicas para mediar conflitos e buscar a cooperação em todos os níveis organizacionais;
- técnicas de gerenciamento de crises internas e externas a partir do profundo conhecimento que o RP deve possuir das políticas da organização, já que muitas delas são criadas ou sugeridas por ele, e das opiniões e expectativas dos seus públicos;
- técnicas para gerenciar as redes de comunicação, estrategicamente, de forma integrada;
- o desenvolvimento da perspectiva das individualidades nas relações com públicos diferenciados; e, finalmente,
- a noção de que a Imprensa é um público e como tal deve ser estudado e tratado pelas suas especificidades e não homogeneamente como um jornalista, que não tem na sua formação o domínio das técnicas de RP, o trataria.”
Sim, esta é uma discussão antiga e não pretendo encerrá-la aqui com meus humildes comentários, mas é preciso que os RR.PP. se disponham a debater sobre o assunto e defender a consolidação do seu papel como assessor, e não entregar a atividade a profissionais preparados para desempenhar outras atividades e não a Assessoria de Imprensa.
Referência: http://www.sobresites.com/relacoespublicas/colunas/assessoriadeimprensa.htm
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