Finalizando nosso especial “Semana do Design”, hoje falaremos sobre colagem. Uma técnica que nunca deixa de ser tendência, porque com ela é possível criar um leque tão inesgotável de possibilidades e nunca se sabe ao certo o que esperar. Mas o que possibilita a colagem ser um processo que pode se reinventar com o passar das décadas e nunca deixar de ser interessante? Antes de explicar, vale citar uma frase que li por aí e que pode resumir bem o tema:
“Trabalhar com colagens é um desafio delicioso.”
De maneira simples, a colagem é a técnica de se juntar elementos. O que inclui desde as composições infantis ensinadas na escola primária até processos extremamente complexos, mais utilizados no design, onde se usa tinta, verniz, cera e uma infinidade de materiais. No processo de colagem, duas ações são fundamentais: primeiro a fragmentação e depois a junção desses fragmentos. E isso demanda tempo e planejamento, justamente o que considero tornar o desafio tão empolgante, trazendo peças originais e únicas, como essas abaixo:
Javier Piñón
Foliage, Beth Hoeckel
Iconatomy, George Chamoun
Hot & Steamy, Eugenia Loli.
Lipstick Fanatic, Eugenia Loli.
Francisca Pageo
Teoricamente, “a colagem seria a justaposição e disposição de imagens não originalmente próximas, obtidas através da seleção e picagem de imagens encontradas, ao acaso, em diversas fontes” (COHEN, 1989: 60). Mas a técnica não consiste em simplesmente ir colando o que se quer em algum lugar. Parece até que o designer simplesmente pegou uma figura e fez um arranjo, mas na verdade, nada disso existia como parte desse resultado. Cada detalhe é importado de um lugar diferente e os fragmentos devem se encaixar uns nos outros de forma a combinar e causar o efeito desejado. A pesquisa e procura de imagens pode ser exaustiva, mas o resultado final sempre vale a pena.
Home, Beth Hoeckel
Gostou do tema? O mais legal das colagens é o fato de ser uma técnica tão simples e antiga, “recortar e colar”, mas que ao ser aprimorada traz à tona produções cada vez mais complexas. Para continuar apreciando mais algumas obras de arte desse estilo, sugiro uma visita demorada aos sites marek haiduk, eugenia loli e beth hoeckel.
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