O enlace virtual

Qualquer usuário moderadamente experiente de internet sabe que não é aconselhável cadastrar seus dados pessoais em qualquer site, com o risco de várias inconveniências possíveis, desde os indesejáveis spams até ameaças mais sérias, como crimes virtuais. Nisso, cria-se um problema para os anunciantes: como estabelecer uma relação efetiva com seus potenciais clientes quando esses tendem a não disponibilizar facilmente seus dados pessoais? Além disso, um grande desafio para empresas que buscam realizar estratégias de marketing por meio de mídias digitais, para a veiculação de produtos e fidelização de clientes, é a evidente dificuldade em se firmar os conceitos de almejada transmissão por elas a um receptor inserido num contexto digital lotado de informações, que tendem a ser efêmeras em seu imaginário. 


O anunciante quer ter a certeza de que seu produto está chegando de forma efetiva ao consumidor almejado, e, para que essa relação seja rentável para os investidores, fazem-se necessários meios que atestem a eficácia das táticas de comunicação utilizadas. Uma maneira utilizada para se estabelecer canais mais diretos e palpáveis com o público é pela veiculação de mensagens eletrônicas, frequentemente utilizando os suporte dos e-mails, para a execução desses anúncios. Nisso, surge outro problema. Como é possível ter acesso a tais endereços virtuais, e, ao ter, como saber que as pessoas abrangidas nessa história seriam potenciais consumidores? Uma maneira muito utilizada para isso é pelo uso das chamadas iscas digitais.


O nome desse artifício é sugestivo, pois alude a algo que, não se mostrando por completo, seduz seu objeto de interesse. Na situação digital, por meio de várias estratégias, almeja-se a atração do potencial consumidor de forma que, caso funcione da maneira prevista, o anunciante tenha a possibilidade de guardar informações sobre esse cliente que sejam pertinentes aos seus interesses mercadológicos. As iscas, oferecendo frequentemente uma prévia do serviço a ser oferecido de forma gratuita, tem duplo potencial mercadológico para os produtos veiculados: permite que o usuário tenha uma experiência inicial do serviço veiculado, facilitando sua adesão à marca, e, por meio dos dados de possível obtenção pelos anunciantes, possibilita o planejamento de uma comunicação mais efetiva a esse consumidor.



A partir dos dados obtidos por essa estratégia, há uma infinidade de táticas a serem aplicadas para atender aos interesses do anunciante. Temos como exemplo sites que, ao venderem um produto específico, oferecem uma prévia gratuita de seus serviços, de possível acesso após algum tipo de cadastro. Empresas de vários ramos de negócio fazem isso, desde cursos de idiomas, como as escolas OpenEnglish e Englishtown, até sites gerenciadores de download, como o 4shared, tendem a conseguir, por meio dos cadastros, importantes dados sobre seus clientes. Com essas informações, é possível traçar estratégias específicas a esses usuários, e assim otimizar a eficácia da comunicação traçada com resultados palpáveis.

Um artifício frequentemente utilizado nesse ponto é o denominado e-mail marketing, mecanismo de promoção de uma marca por meio do correio eletrônico. Mesmo havendo um senso-comum de que haveria certa restrição por alguns usuários que recebem esse tipo de mensagens eletrônicas, esse método já se provou muito eficiente para captação de clientes, e continua sendo muito usado como canal de marketing digital. Além de viabilizar essa ponte, os dados obtidos por meio das iscas digitais permitem também que o conteúdo se encaixe melhor ao público, nesse sentido transmitindo melhor os conceitos desejados. Dessa forma, o anunciante consegue de fato traçar uma lógica bem sucedida de marketing digital, num contexto de exposição saturada do consumidor a imagem e texto na internet, assim se possibilitando que a comunicação entre produto e público seja melhor cumprida.



Texto por: Pedro Camelo
 
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