E o futuro da maçã?



Que a Apple foi a responsável por uma revolução do modo como pensamos celulares, disso não há duvida, resta agora saber se a maçãzinha ainda ficará no topo por muito tempo. E essa dúvida surge logo agora, no tão esperado momento do lançamento do próximo Iphone 6. 

Mas vamos entender direito essa história. Todos conhecem a grande trajetória de sucesso da Apple, guiada por seu líder Steve Jobs. Com inovações mil, facilidade de seu programa iOS, o design inovador e sua constante preocupação com inovação, foi fácil sua ascensão para a marca queridinha do mundo, o que inclusive lhe rendeu, por 6 anos consecutivos o título de marca mais valiosa do mundo. 




Contudo, já estão surgindo os primeiros sinais de uma desaceleração dessa empolgação toda com a marca. Esse ano de 2014 ela teve seu brilho ofuscado pelo Google, que lhe roubou o título de mais valioso, além disso, o valor de suas ações despencaram 3% após o lançamento dos iPhones 5S e 5C. Pode não parecer muito, mas olhando mais de perto podemos ver que é hora sim da marca repensar-se como toda.





Sem seu homem das ideias geniais, o inigualável Steve Jobs, a marca já balançou um pouco, com uma certa desconfiança do que ela seria sem seu maior idealizador e empreendedor, grande responsável pelo seu estrondoso sucesso. E o que fazer sobre isso? A) Surpreender a todos com produtos muito inovadores, e continuar dando-lhes motivos para acreditar na marca, ou B) Se estagnar? 

Infelizmente a opção B parece ter sido a escolhida. Isso fica evidente nos últimos produtos lançados. Os Iphones 5S e 5C não impressionaram os clientes, por não terem elementos novos ou de grande impacto. O próximo elemento para completar essas desventuras foi o enorme crescimento de seus concorrentes. A Samsung já oferece celulares com características totalmente novas, até à prova d'agua; o Motorola já oferece leitores biométricos, sem falar de todos os outros smartphones com toda a tecnologia e qualidade na câmera, no processador, e também no design. A inovadora Apple está sendo deixada para trás? 




O que vem mantendo a Apple sobre os holofotes é a esperança de que algo inovador ainda nos faça perder a cabeça, desejando ansiosamente em filas as 6 da manhã para conseguir essa última novidade, como acontece já a alguns anos. Até lá, ficamos com as promessas de relógios inteligentes, serviço de streaming, e não vamos nos esquecer, do assunto do momento: o tão aguardado Iphone 6, que já anuncia algumas mudanças, como a tela maior, processamento e qualidade da câmera.  Aguardemos cenas do próximo capítulo. 



A mercantilização da imagem


O universo publicitário está cercado de técnicas e meios para persuadir o público ou mesmo formar opiniões e mudar representações acerca de um tema, um produto, uma pessoa. É incrível perceber o poder que a publicidade tem de transformar ideias e conceitos, de mudar algo que parece imutável. Essa mudança é mais perceptível quando se fala da imagem de alguém diante da mídia e diante da população que a absorve.  

Nas últimas semanas, e mesmo nos últimos anos, o mundo vem perdendo personalidades de grande importância, como a cantora Amy Winehouse erecentemente o ator Robin Williams. Nesses casos, conseguimos perceber uma mudança das representações que formavam a imagem dessas pessoas diante do mundo.  

Para se entender melhor, pode-se usar o cantor Michael Jackson como exemplo. Antes de seu falecimento, a imagem do artista era bombardeada pela mídia, que também criava representações extremamente negativas em torno de sua personalidade e de sua vida. Porém, após seu óbito, viu-se uma grande mudança: o cantor passou a ser tratado como um deus, e seu talento começou a, de novo, ser destacado. Como isso foi feito? Por meio da mudança gradativa das ideias gerais que circulavam no mundo através dos meios de comunicação. E é aí que entra a publicidade.  



Primeiro, a imagem é transformada a partir do momento que se muda o modo como a pessoa é mostrada. Com isso, mudam-se as avaliações que posteriormente são feitas pelas demais pessoas que têm acesso a tal informação. Depois dessa primeira modificação, são realizadas propagandas em peso em torno dessa nova visão que foi disponibilizada na mídia com a qual entramos em contato diariamente. A pessoa falecida se torna, aos poucos, um produto. E é essa nova representação que é vendida pelo mundo.  

Pegando de novo o exemplo do cantor Michael Jackson, vê-se que seus álbuns alcançaram vendas muito altas após sua morte em 2009. E porque isso aconteceu? Pelo fato de que ele passou a ser tratado como herói, como um ícone que jamais será superado. Pois, naquele momento, era mais interessante lucrar em cima de sua nova imagem do que tratá-lo como vilão. Foi quando Michael Jackson pessoa se tornou Michael Jackson produto. Foi esquecido seu lado humano e foi posto em jogo seu lado comercial: seus feitos no mundo da música passaram a ser destacados de forma jamais antes vista. 

Não deixa de ser interessante o modo como a publicidade age diante da morte de pessoas públicas. São lançados livros, matérias, revistas, coletâneas, filmes e uma diversidade de produtos comerciais. Incrível é a forma como as representações são alteradas a partir de novos conceitos que podem ser explorados em uma mesma pessoa. A pessoa deixa de ser pessoa para se tornar um produto, e sua imagem passa a ser vendida. Incrível é a forma como tudo isso acontece de maneira natural. 


Do Porta-Retrato ao Anúncio



Antigamente, a fotografia era utilizada apenas para a documentação de momentos e fotos de pessoas. Porém, com o passar do tempo, foi percebido seu potencial para a veiculação de campanhas publicitárias. No Brasil, isso ocorreu na década de 1940, com o pioneirismo de Francisco de Albuquerque, que tem suas obras exposta na mostra “O Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque”, que fica em Belo Horizonte até 28 de Agosto.

A exposição conta com cerca de 150 imagens selecionadas e exibição digital do acervo de 70 mil fotografias. Ela reúne retratos, fotografias publicitárias, fotos de bastidores do estúdio do fotógrafo e registros industriais e urbanos realizados por Chico Albuquerque entre 1940 e 1950. Além disso, também traz um vídeo acerca do processo de restauração dos negativos.

A mostra agrupa as principais vertentes do que foi realizado pelo artista, pioneiro da publicidade brasileira na década de 40. Francisco de Albuquerque possuiu seu próprio estúdio de fotografia desde 1945, sendo ele um dos mais bem equipados da cidade, onde eram fotografados produtos, personalidades da sociedade e artistas.


Chico foi responsável pela criação da primeira campanha publicitária ilustrada com fotografia no Brasil, em 1949, para a Johnson & Johnson, produzidas quando a indústria e a comunicação visual ainda se estabeleciam no país. Outras produções realizadas por ele também ganharam repercussão, com a da Kodak, em 1965. Devido ao pioneirismo no mercado fotográfico publicitário, sua atuação foi determinante também para a disseminação e discussão sobre a fotografia como um todo.

Campanha da Kodak

Percebe-se então, uma grande modificação do entendimento de fotografia, antes voltada para o reflexo do ser, reflete, agora, o que queremos, ou, podemos ser, aproximando mais o mundo e a propaganda.


Informações

Quando:
 Até 28 de agosto, de terça a sábado, das 9h30 às 21h.
Onde: Centro de Arte Contemporânea e Fotografia (Av. Afonso Pena, 737 – Centro)
Quanto: Entrada gratuita
Classificação: Livre
Mais informações: (31) 3236-7400 e 
www.fcs.mg.gov.br

Os pais vão invadir a internet!

Quem de nós nunca passou pela situação constrangedora de ter seu Facebook invadido por seus pais, ou nem que seja uma tia torta? E aquele tweet de desabafo que resultou numa discussão na última reunião de família? “Foto de quando eu era bebê de novo pai?” E a mensagem no WhatsApp que você ainda está tentando entender o porque de tantos emojis? Em uma campanha embalada pela música “Nós vamos invadir sua praia”, de “Ultraje a rigor”, a Claro cria sua campanha do dia dos pais, fazendo de suas trapalhadas uma sacada genial.

É indiscutível dizer que a internet não é mais um território apenas dos jovens, porque ela a cada dia vem ganhando mais adeptos, amantes do Facebook e das redes sociais em geral. Todos querem estar cada dias mais “antenados”, e não negam o quanto gostam de ganhar likes. Mas nossos pais, muitas vezes, cometem aquelas gafes! E foi de maneira divertida e irreverente que a claro investiu nisso, a campanha conta com uma paródia e vídeo de 1 minuto com versão de 30 segundos.

O clipe mostra os pais assistindo vídeos, tirando selfies, entre outras ações que para nós são tão comuns, mas que eles ainda tentam se acostumar. Além disso, conta com peças para a internet, jornais, revistas, entre outros. A campanha vem com tudo para anunciar promoção comemorativa da empresa onde o cliente contrata o plano Claro Online de 2 Giga e por mais 14,50/mês ganha o dobro de internet mais um chip extra para compartilhar a internet 4G mais rápida do mundo.

“Hoje não só os filhos, mas também os pais já estão conectados, e nós queremos disponibilizar sempre a melhor experiência. A iniciativa visa incentivar o uso da rede e também o compartilhamento, com a vantagem que o usuário pode navegar com a velocidade 4GMax sem custo adicional”, diz Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Claro.



Essa não foi a primeira campanha da empresa, criada pela Ogilvy & Mather, que explora as facetas do mundo digital. Temos também “Não faz sentido”, que aborda situações que só fazem sentido na internet e foi lançada há mais ou menos um ano. Essas e outras campanhas mostram como a “invasão” da internet e toda essa inclusão digital podem ser bem aproveitada com muita criatividade.






O marketing do sucesso


As ações de marketing contribuem de forma grandiosa para o sucesso de uma campanha e isso não é novidade para ninguém. Quem nunca viu um outdoor gigante anunciando algum determinado produto pela cidade? Ou então algum desenho em locais de grande visibilidade no shopping? Querendo ou não, essas ações estão sempre presentes em todos os lugares que vamos. Mas, e se as empresas utilizassem o simples para conquistar o seu público, será que daria certo? Depois de mostrado aqui no Cria Plano a ação da Coca Cola e os copos da Copa, chegou a hora da UNICEF inovar com sua nova ação, simples e surpreendente.


  Chamar a atenção das pessoas nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente quando estamos em um mundo globalizado e com rotinas extremamente corridas. Entretanto, a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) teve uma ideia genial para despertar o interesse das pessoas de diversas faixas etárias a contribuir com sua nova ação, a Roly Poly.
A ONG juntamente com agência coreana Daehong Communications teve a ideia de conseguir contribuições por meio de bonecos “João-Bobo” que foram espalhados em locais movimentados na Coréia do Sul. O boneco inflável funciona como um cofrinho e tem a imagem de uma criança com um olhar triste, logo, a população tem a oportunidade de inserir uma moedinha dentro do João-Bobo, até que este possa se erguer e ficar de pé.


Quem imaginaria um simples brinquedo infantil se transformando em um cofrinho?! A campanha além de descontrair momentaneamente, chamava atenção para que com um valor simbólico todos pudessem apoiar a transformação da vida de milhares de crianças. A ação deu tão certo que em poucas horas cerca de dez mil pessoas contribuíram com a causa, e além do sucesso financeiro, houve também um sucesso midiático mundial incrível.
Ações como esta estão aparecendo a cada dia mais, e pelo que tudo indica elas têm grandes chances de continuarem crescendo e conquistando as pessoas. Originalidade e simplicidade, dois itens que estão transformando o cenário atual. Agora fica a pergunta, qual será a próxima estratégia de marketing adotada pelas empresas? 

O estereótipo vende. Vende?


Uma peça publicitária criada pela agência Ideia 3 para a campanha do “dias dos pais” para o Shopping Iguatemi da Bahia, pode reabrir uma discussão clássica quando a conversa se trata da utilização dos estereótipos nas campanhas publicitárias.

A campanha possui uma composição visual bastante simples e objetiva. Retrata uma mãe sorrindo, aparentemente, vestindo seu filho para praticar luta. Porém, a expressão dele é de total desaprovação com relação à atitude da mãe. Isso se dá pelo fato da mãe estar o vestindo com um equipamento equivocado para a prática do tal esporte, já que o filho veste um kimono. Tudo isso acompanhado por um texto: “Pai. Insubstituível”.



O interesse do comercial, a princípio, seria de mostrar a impossibilidade de uma mãe entender e conseguir ajudar seu filho na prática de atividades esportivas. Isso tudo, traz a tona todas as questões que envolvem o uso do estereótipo nas propagandas. Tais campanhas parecem que não já não são tão bem vistas pelo grande público. Veja aqui o vídeo da campanha.

Campanhas como as de cerveja, de carros ou perfumes, possuem o histórico de trazerem peças elaboradas em volta de conceitos que perpassam pela estereotipização. Na maiorias das propagandas de cerveja por exemplo, você geralmente vai encontrar mulheres sensuais, praia, futebol, que transformam em um ritual, o hábito de beber a cerveja. A imagem, principalmente da mulher nesse caso,acaba se tornando estereotipada. 

Bom talvez não fosse certo taxar algo como sendo estereotipado e se realmente for, isto não pode ser definido como uma boa ou má propaganda, já que para se criar uma campanha, é preciso já ter em mente para que público essa se destinaria e qual seria a melhor maneira de atingi-lo. Isto já não seria uma estereotipização? E se a publicidade for inerente a isso tudo?
A campanha da Oogmerk, empresa de produtos óticos, usa do seu próprio produto para reforçar a questão do estereótipo. Acompanhada das imagens de pessoas exatamente iguais, em que a diferença está apenas no uso dos óculos, vem a frase “Get the respect you deserve”,ou seja, consiga o respeito que você mereça, no caso, apenas usando um óculos Oogmerk.

Cabe a nós, consumidores, percebermos se essa estratégia realmente continua atingindo as expectativas e, se é válido continuar se apoiando nesses princípios para se conseguir vender algo. Mas que seria interessante ver mais propagandas desprendidas dos clássicos estereótipos e agências dispostas a se renovarem nessa questão, isso seria.

Pra comer com os olhos

O mercado da Publicidade é um espaço propício a receber muitas críticas. Consumidores têm suas fases de enaltecer uma marca, outras de se sentir insatisfeito ou algumas vezes fazer queixas sem fundamento. Uma reclamação que existe desde os primórdios da arte de divulgar e propagar ideias sobre produtos é a questão das fotos na indústria alimentícia, especialmente nos Fast foods. Como assim? Sabe aquela foto do Big Mac enorme e suculento, mas quando compramos o sanduíche recebemos um alimento um tanto feinho? Então...

Atualmente, com o contato mais próximo entre as empresas e os clientes através principalmente das Mídias Sociais é mais fácil identificar problemas e trazer soluções para seus produtos ou serviços. Há dois anos mesmo, vimos o McDonalds responder uma consumidora que perguntava no Twitter o porquê da comida servida ser bem mais bonita nas imagens do que fisicamente. O resultado foi esse vídeo mostrando o processo de criação das fotos para o menu, nos contando que o trabalho não é todo do editor de imagens.


A coisa é tão mais complexa do que parece que existe até um profissional chamado Food Stylist que trabalha no processo arrumando o alimento para que os ingredientes e as texturas dele sejam valorizados na foto. Quase como uma equipe de moda produzindo modelos. Curioso não?

Na última semana, uma reclamação que ficou famosa em relação à essa questão foi do cliente do Subway que postou uma foto numa mídia social medindo seu sanduíche com uma régua. O consumidor alegou que o sanduíche tinha um aspecto nojento e não tinha o mesmo tamanho que o prometido pela empresa, faltando dois centímetros, o que gerou piadas na internet.





Segundo o site Adnews, a rede de fast food se pronunciou quanto ao caso alegando que o tamanho do produto pode sofrer uma pequena variação caso o procedimento de preparo não siga as especificações exatas e que irão reforçar a fiscalização na loja citada pelo cliente.


O Marketing e a Publicidade em si devem apresentar o que há de melhor nos seus produtos e serviços para que eles sejam atrativos para seus consumidores. Ao analisarmos por esse ponto essas imagens cumprem bem esse papel, mas fica uma pergunta para refletirmos: Será que as propagandas exageram?
 
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